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"Resultado é fruto de uma educação voltada para a vida, sem foco nos exames"Victória da Cruz (à esq.), foi aprovada em Direito
Somado a outros vestibulares, total chega a 71 selecionados
O Colégio de Aplicação (Codap) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve 71 de seus alunos selecionados para ingressar no ensino superior em 2015. Deste total, 58 foram aprovados no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e outros 13 em vestibulares de instituições privadas. Entre os concludentes do Ensino Médio em 2014, 30 foram aprovados no Sisu 2015, dos quais 27 com ingresso na UFS, e 13 em outros vestibulares – o total de selecionados alcança 77% dos que se submeteram às provas. Já no 2° ano do Ensino Médio, dos 28 aprovados, 27 escolheram a UFS para cursar a graduação.
O resultado do desempenho das escolas participantes do Enem 2014 ainda não foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). Porém, a expectativa é de que, a exemplo do que ocorreu nos últimos anos, as notas do Codap estejam entre as melhores dentre as escolas públicas de Sergipe.
Parece ser consenso entre os funcionários e estudantes do Colégio que o resultado é fruto de uma educação voltada para a vida, sem foco nos exames. Josevânia Rabelo, professora de Sociologia, explica que o objetivo do corpo docente não é apenas transmitir os conteúdos paradigmáticos. “O resultado demonstra que o Colégio consegue oferecer uma formação cidadã e conteudista”, diz. Para ela, a grande quantidade de alunos aprovados é consequência da linearidade entre a educação fundamental e o Ensino Médio, uma vez que o Enem necessita de um conhecimento cumulativo, além de um poder de reflexão e interpretação, que é motivado pelos professores.
A professora de Matemática do 1° e 3° anos do Ensino Médio, Silvana Costa, se orgulha em dizer que esse é um resultado de longo prazo de uma vida escolar bem trabalhada e focada nos estudos. Ela ressalta que, mesmo lidando com uma disciplina de ciências exatas, não esquece a importância do aspecto social da aprendizagem. “Por meio da contextualização e da interdisciplinaridade, a gente consegue transpor o conteúdo mais duro para a realidade social em que vivemos”, conta.
Victória Santos da Cruz estudou no Codap desde a 5ª série e se orgulha em ter feito parte da história do Colégio que lhe deu suporte para a aprovação em Direito na UFS. “O Codap não é apenas mais uma referência de educação no Estado, ele é a prova viva de que colégio público também é sinônimo de ensino de qualidade e formação profissional. O Colégio de Aplicação me incentivou a sonhar e me ensinou, principalmente, que o papel mais importante da educação é formar cidadãos conscientes e críticos para o mundo”, relembra.
Discente do 2º ano, aprovada em Medicina na UFS, Mylena Santos também estudou no Codap desde a 5ª série e afirma não ter se preparado especificamente para o Exame. “O Enem é uma consequência. A gente estudava os conteúdos da escola e o Exame servia para avaliar o que aprendemos ao final do ano”, conta. A estudante de 15 anos diz que seu método de aprendizado sempre foi baseado na atenção às aulas com anotações e preparação para as provas e atividades escolares. Apaixonada pela matemática, a disciplina foi a mais pontuada no exame, sendo estimulada pelos clubes de cálculo promovidos pelos professores e pela participação em concursos, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
A diretora do Codap, Jane dos Santos, confirma que a proposta do Colégio é preparar seus alunos para as diversas situações que o mundo lhes apresente, sejam elas acadêmicas, sociais ou culturais. “Neste sentido, a preparação ocorre a partir das experiências que os alunos têm com as diversas práticas pedagógicas que o colégio oferece ao longo de todo o ciclo escolar”, salienta.
No caso dos alunos do 2º ano aprovados, Jane explica que quando a família faz a solicitação de reconhecimento do Ensino Médio, apresenta um memorial com a produção acadêmica do aluno, que é avaliada por uma banca formada por três professores da área de conhecimento referente ao curso que o aluno pretende seguir. “Ao conseguirem a aprovação ainda no 2º ano, estes alunos estão comprovando que já ultrapassaram o mínimo necessário para se obter o grau de Ensino Médio”, conclui.