Ter, 10 de novembro de 2015, 06:49

Impacto da pesquisa científica na sociedade é tema de mesa
Impacto da pesquisa científica na sociedade é tema de mesa
“Qual o impacto da pesquisa, inovação e extensão na sociedade?” É com essa pergunta que a mesa redonda de abertura do VII Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Universidade Federal de Sergipe (EIDTI/UFS) deu início. A palestra, que reuniu diversos alunos e bolsistas Pibic, Pibix e Pibiti, ocorreu na manhã dessa segunda-feira, 9, no auditório da Reitoria.
Mediada pelo professor Victor Hugo Vitorino Sarmento, da Coordenação de Pesquisa (Copes), a mesa contou com a participação dos docentes Wellington Barros da Silva, da Coordenação de Tecnologias Sociais e Ambientais (CTSA), e Janaína Cardoso de Melo, do Núcleo de Museologia (NMS). Além deles, quem também marcou presença foi Ricardo Luiz Cavalcanti Albuquerque-Júnior, do Instituto de Tecnologia e Pesquisa da Universidade Tiradentes (ITP/Unit).
Ambos guiaram uma discussão sobre a importância e o impacto da produção científica para a sociedade. A oportunidade também serviu para chamar a atenção de todos quanto à transição da produção de conhecimento que, segundo eles, deve ultrapassar as barreiras da universidade.
“Do ponto de vista histórico, a função social da universidade se manifesta de formas diferentes, conforme o tipo de sociedade que se deseja em cada época. Atualmente, por exemplo, está comprovado que o mercado consumidor vem se aperfeiçoando e tem se tornado mais bem preparado para receber as novas tecnologias. Sendo esse o projeto de sociedade que nós desejamos, é ele quem influenciará o modelo de universidade atual, além do tipo de pesquisa que produzimos, de desenvolvimento e de transferência tecnológica”, explica o professor Wellington.
Para Ricardo Cavalcanti, não é possível pensar em pesquisa sem associá-la à sociedade. “Esse é o momento para refletirmos sobre o papel que tem a universidade hoje, e de que forma podemos contribuir com o desenvolvimento social. Logo, é preciso pensar aonde esse conhecimento gerado irá nos levar, de que modo ele modifica as nossas concepções atuais, e qual o impacto ele terá em nossa sociedade. Devemos estimular essa ideia, sempre preocupados com a inovação, para que sejamos capazes de elaborar estratégias eficazes de transferência tecnológica e de conhecimento”, ressalta.
De acordo com Fernanda Apolônio, estudante do 5º período em Química Industrial, discutir sobre o impacto da pesquisa na sociedade é o mesmo que pensar em formas de integrá-las culturalmente. “Eu vejo essa discussão como um incentivo para a pesquisa dentro da universidade, de modo que essa produção possa influenciar direta e positivamente na sociedade”.
Integração
Durante o debate também foi frisado a importância da relação entre pesquisadores, professores e alunos na execução dessas pesquisas. “É importante frisar que todo o conhecimento produzido é de autoria coletiva, inclusive dos alunos voluntários que não recebem bolsa, mas que contribuem igualmente durante o desenvolvimento de todas as etapas dos projetos que temos. Certamente não conseguíamos nada sem essa presença”, comenta a professora Janaína.
Fernanda Apolônio, que é bolsista Pibiti há um ano, comenta sua experiência como pesquisadora. “Muito do que aprendemos durante a produção científica é o que iremos por em prática lá fora, já como profissionais qualificados. Então, além de contribuir com a sociedade, ela é importante neste sentido. Se não fosse a pesquisa científica talvez ficaríamos inseguros no mercado de trabalho, sem uma noção ampla de como prosseguir com uma investigação aliada à inovação”, conclui.
Ascom
comunica@ufs.br


Atualizado em: Ter, 10 de novembro de 2015, 12:52