
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizou, na tarde da última quinta-feira, 4, a 2ª edição do Festival de Capoeira, parte do Programa Cultural UFS Antirracista, que aconteceu no Auditório da Associação dos Docentes da UFS (Adufs). O evento, aberto à comunidade acadêmica e ao público em geral, reuniu apresentações artísticas, rodas de capoeira e reflexões sobre identidade e resistência cultural, em um espaço de integração e valorização da cultura afro-brasileira.
O festival também marcou a consolidação das atividades de capoeira no campus, que vêm sendo desenvolvidas há três anos pelo professor de capoeira e discente do curso de Filosofia da UFS, Emílio Himalaia. Segundo ele, a continuidade das ações fortalece a tradição e amplia a participação da comunidade universitária:

“Esse é um trabalho muito importante a ser feito aqui na UFS. A capoeira vem se desenvolvendo com as aulas semanais e agora com o 2º festival, que inclui o batizado e a festa da capoeira. Esse diálogo e essa troca é o que fazem a capoeira crescer e chegar cada vez mais longe”, destacou.
O evento contou ainda com a presença de mestres da cultura popular, como o professor aposentado de Educação Física do IFS, Luís Carlos Tavares, conhecido como mestre Lucas. Ele ressaltou a importância da aproximação da universidade com as tradições culturais brasileiras:


"Esse tipo de evento é fundamental porque traz os mestres da cultura popular para dentro da universidade. É preciso intensificar esse movimento, valorizando saberes que são parte da nossa história. A capoeira é uma dessas expressões, e também um campo fértil para a pesquisa acadêmica”, afirmou.
Entre os estudantes participantes, a trajetória de Luana Nascimento, aluna do curso de Letras Espanhol e de capoeira desde o início do projeto, evidencia o impacto da prática na vida acadêmica.

“Comecei a treinar após o convite de Emílio e foi uma oportunidade de unir o útil ao agradável, já que podia treinar nos intervalos das aulas. A capoeira se tornou um espaço de descanso, uma válvula de escape diante da correria da universidade. É a minha terapia, me ajudou a enfrentar desafios e a fazer novas amizades. Hoje já são quase três anos de prática, e é muito gratificante ver o projeto crescer com cada vez mais alunos”, relatou.
Ascom UFS