Ter, 01 de dezembro de 2015, 12:19

Novo sistema de esgotamento sanitário é inaugurado
Novo sistema de esgotamento sanitário é inaugurado
Novo sistema de esgotamento sanitário
Novo sistema de esgotamento sanitário
Todos os efluentes gerados no campus de São Cristóvão serão aproveitados
Na tarde de ontem, 30, foi inaugurado o novo sistema de esgotamento sanitário do campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Em uma área de 800 mil m², o novo sistema aproveitará todos os resíduos gerados no campus.
Confira aqui as imagens do evento.
Durante a inauguração, o reitor da UFS, Angelo Roberto Antoniolli, falou sobre as funções do sistema e como ele vai impactar nas produções da universidade. “Que com o novo sistema se debata o melhor aproveitamento dos nossos cursos de Engenharia Ambiental e Química, a partir do aproveitamento dos resíduos na produção de adubação orgânica, do gás para o uso das atividades da UFS e, sem dúvida nenhuma, da recuperação das águas para a irrigação”, disse.
Ainda segundo o reitor, o sistema atende a uma demanda necessária de sustentabilidade, a partir do uso das tecnologias. “Produzimos adubo, recuperamos água, fazemos aquilo que é sustentável, por isso nosso ambiente agora está mais protegido”, afirmou. “É um sistema extremamente moderno, onde a gente aproveita praticamente tudo que é gerado de efluentes dentro do campus”, explicou o superintendente de Infraestrutura da UFS, Antônio Américo.
A modernização do sistema, que custou em torno de R$ 5 milhões, foi feita para sanar definitivamente o problema do esgotamento sanitário e atender às necessidades do campus de São Cristóvão pelos próximos 20 anos. O antigo sistema de tratamento de esgoto, composto por lagoas de estabilização, foi desativado, e as tubulações, que possuíam mais de 30 anos de uso e se encontravam em boa parte danificadas e com vazamentos, foram substituídas.
A partir de agora, o efluente tratado será utilizado na irrigação da vegetação de parte do campus. O lodo, decorrente do processo, passará por um processo de compostagem para posterior utilização no paisagismo da instituição. Já os gases, que também resultam do processamento, deverão ser estudados em futuras pesquisas científicas, considerando o seu potencial como fonte de energia limpa.
Entenda o processo
O sistema de esgotamento sanitário construído no campus de São Cristóvão abrange uma rede com cerca de 3.500 metros de tubulações, três estações elevatórias de esgoto e estação compacta de tratamento de efluentes sanitários composta por: sistema de gradeamento, caixa de areia, medidores de vazão, digestor anaeróbico de fluxo ascendente (DAFA), reator de lodo ativado (valo de oxidação), leitos de secagem de lodo, unidade de desinfecção através de cloração (tanque de contato), e reservatório de acúmulo para reuso na irrigação. Todo o sistema será monitorado por um operador qualificado, funcionário da UFS.
Na primeira parte do processo de limpeza do esgoto é realizada apenas a separação de objetos grosseiros, como folhas, materiais plásticos, papelão e areia. Esta etapa preliminar tem como objetivo evitar que aconteçam obstruções e danos em equipamentos eletromecânicos que serão utilizados posteriormente.
A seguir, boa parte do trabalho fica por conta da força gravitacional. Neste momento a água, ainda com bastantes resíduos, é deixada em repouso em uma espécie de tanque de decantação e digestão do esgoto. Assim, depois de aproximadamente seis horas, o material mais denso se deposita no fundo do tanque, formando uma camada de lodo. Periodicamente este material será destinado aos leitos de secagem de lodo e após processo de compostagem será convertido em fertilizante para utilização no próprio campus.
Já a parte líquida, menos densa, após esta primeira fase do tratamento, fica na parte superior do reservatório e é conduzida através de tubulação para o tratamento secundário. Neste segundo tanque é iniciado o tratamento aeróbico do esgoto, que é um processo biológico natural e dinâmico, no qual culturas microbiais mistas decompõem e removem substâncias orgânicas indesejadas.
Dois aparelhos aeradores oxigenam estas colônias de bactérias para que elas se reproduzam adequadamente e realizem a purificação do líquido. Ao final deste ciclo a água já se encontrará bastante clarificada, apta a receber a desinfecção final com hipoclorito de sódio, substância que eliminará o restante das impurezas, inclusive as bactérias causadoras de doenças.
Ascom UFS


Atualizado em: Sex, 11 de dezembro de 2015, 10:07
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