Sex, 12 de fevereiro de 2016, 08:22

Pesquisadores da UFS estudam implantação de laboratório para acelerar diagnóstico da leucemia
Pesquisadores da UFS estudam implantação de laboratório para acelerar diagnóstico da leucemia
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) está estudando a implantação da técnica de imunofenotipagem em Sergipe. A imunofenotipagem é uma técnica usada para diferenciar células que têm o aspecto físico muito semelhante, sendo considerada de extrema importância na identificação de leucemias e linfomas. O projeto é coordenado pela doutora em Hematologia Dulce Marta Schimieguel Mascarenhas Lima.
Em Sergipe, não há um laboratório para a realização da imunofenotipagem. Os hospitais precisam enviar as amostras para os grandes centros para a técnica ser aplicada. Segundo a professora, a implantação de um laboratório especializado nesta técnica em Sergipe vai acelerar o diagnóstico de leucemias e linfomas.
“Nós temos diversos tipos de leucemias e linfomas, então quanto mais preciso o diagnóstico melhor vai ser dirigida a terapêutica para esse paciente e como consequência uma melhora na sobrevida e cura do paciente”, explica Dulce Marta.
Ainda segundo a professora, a imunofenotipagem é uma técnica muito importante para acelerar o diagnóstico. “Para identificar essas células sanguíneas, que são neoplásicas, nós temos algumas técnicas mais simples. Na imunofenotipagem a gente vai ver o fenótipo dessas células, que seriam as características das células através de uma técnica imunológica, que precisa de um equipamento caro, mas que nós o temos na universidade”.
Uma das metas do projeto é a implantação de um laboratório em Sergipe para atender a demanda do estado. “A primeira meta é caracterizar de forma mais específica essas leucemias e neoplasias para melhor direcionamento do tratamento. A segunda meta seria inserir essa técnica aqui na região montando um laboratório especializado de imunofenotipagem. Nós temos equipamentos, a capacitação técnica, é um trabalho que vai demorar, mas é o início do processo. A outra meta é melhorar essa qualidade de vida dos pacientes, através dessa melhor identificação”.
Para a implantação desse laboratório é necessária uma parceria entre a universidade, o Estado e o município. “A nossa dificuldade inicial é como fazer esse contrato com o Estado e o município para que seja uma exclusividade nossa porque senão o laboratório não vai se manter porque é uma técnica cara. Precisamos dessa contrapartida da compra dos reagentes, o restante nós temos equipamentos que podemos utilizar”.
Assessoria de Comunicação da Fapitec/SE
*Foto-legenda ilustrativa: arquivo Ascom/UFS.


Atualizado em: Seg, 15 de fevereiro de 2016, 15:39
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