
O Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Federal de Sergipe (DLES/UFS) completa 15 anos no dia 30 de julho. Com cerca de 1,5 mil profissionais graduados durante o período, o setor viveu mudanças e conquistas que fizeram diferença para a instituição e para a sociedade em geral.
A história do DLES começa em 2010, quando ocorre a separação das licenciaturas estrangeiras das vernáculas, que até então, atuavam em um único departamento abrangendo Inglês, Francês, Espanhol e Português. O primeiro chefe do DLES foi também o propositor das mudanças que culminaram na geração do novo departamento, o professor de Inglês Luiz Eduardo Oliveira.
“Na ocasião, pude ver e vivenciar todas as mudanças que ocorreram, a começar pela renovação do corpo docente, que tem um novo perfil, voltado não apenas para o ensino, mas para atividades de extensão, pesquisa e gestão. Boa parte do corpo docente está vinculada a programas de pós-graduação da UFS, de modo que, além de darem aula nas disciplinas da graduação, orientam trabalhos de Iniciação Científica e à Docência, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Hoje, temos o primeiro curso de Mestrado Profissional do país voltado para o ensino de línguas estrangeiras modernas”, celebrou o professor.

Para a atual chefe do DLES e egressa do curso de Português-Inglês do antigo DLE, Maria Amália Vargas Façanha, foi essencial separar os departamentos. “Antes era apenas um departamento muito grande, muito complexo, no sentido de que nós tínhamos muitas demandas específicas para as vernáculas e específicas para as línguas estrangeiras. Com a separação, nós conseguimos dar maior atenção para as demandas de cada curso”, explicou.
Maria Amália Vargas Façanha também destacou a paixão dos professores por se qualificarem cada vez mais para oferecer um ensino ainda melhor.
“Somos hoje um departamento composto por efetivos, todos doutores e alguns já com pós-doutorado, em mais de uma especificação, de uma especialidade. Então, nós somos muito engajados, trabalhamos muito em conjunto, temos projetos de extensão interdisciplinares, projetos de pesquisa com publicações em revistas nacionais e internacionais. Então, é uma alegria hoje estar chefiando um departamento que tem tantos profissionais extremamente qualificados”, ressaltou.

Conquistas
Atualmente, o DLES oferta cinco cursos de licenciatura: Letras Inglês, Letras Espanhol, Letras Português-Francês, Português-Espanhol e Português-Inglês, sendo que os dois primeiros têm o mais alto conceito pelo Ministério da Educação (MEC), a nota 5. Já as outras graduações estão com nota 4. Os conceitos são dados após avaliações feitas com critérios como a qualidade de projetos pedagógicos, cultura administrativa, produções acadêmicas, salas, laboratórios, biblioteca, entre outros.
Para o coordenador de Letras Português-Francês e presidente da comissão organizadora do evento em comemoração ao aniversário do DLES, Wellington Costa, celebrar a data é também contar uma trajetória de sucesso da UFS. Para celebrar os 15 anos do DLES, foi preparada uma programação que ocorre de 5 a 7 de agosto na UFS e inclui mesas redondas, exposição, sarau multicultural e debate. As inscrições podem ser feitas através do Sigaa.
“Esse aniversário acontece em um momento em que o departamento se consolida mesmo como um centro de formação de profissionais de línguas estrangeiras que atuam não somente no ensino, mas também com tradução e de várias modalidades do ensino de língua estrangeira”, diz.

O fortalecimento de escolas públicas através do ensino das línguas estrangeiras a estudantes e a capacitação de professores da rede, os projetos interinstitucionais, os casos de sucesso no programa Idiomas sem Fronteiras, convênios e intercâmbios, como os dos Estados Unidos e do México, são outras conquistas em destaque do Departamento. Já as ofertas de disciplinas de línguas estrangeiras e instrumentais para outros cursos dos mais diversos departamentos da UFS e de cursinhos para a comunidade externa reforçam o papel social e a atuação do DLES.
“Além disso, temos estudantes que seguem suas carreiras acadêmicas, fortalecendo ainda mais a rede de ensino da universidade, egressos de destaque nas mais diversas carreiras. Temos como um dos destaques a deputada estadual Linda Brasil, que usa a habilidade do discurso na carreira política. Aqui na UFS, com o auxílio de professores do departamento, conseguiu utilizar seu nome social quando a requisição ainda não era lei, e abriu espaço para que outros estudantes também tivessem direito”, lembrou Costa.
Jéssica França - Ascom UFS