Ter, 12 de abril de 2016, 06:21

Leia a entrevista do reitor da UFS ao Jornal da Cidade
Leia a entrevista do reitor da UFS ao Jornal da Cidade
Angelo diz que busca aproximar a UFS ainda mais da sociedade.
Angelo diz que busca aproximar a UFS ainda mais da sociedade.

A edição do último final de semana do Jornal da Cidade traz a entrevista do reitor Angelo Antoniolli. Veja abaixo.


UFS deverá investir R$ 100 mi até 2020


Angelo Antoniolli diz não temer desafios e que as novas metas a serem cumpridas estão pautadas na legalidade e na busca para aproximar ainda mais a comunidade acadêmica da sociedade.


O reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Angelo Antoniolli, está à frente da instituição há três anos e será reconduzido ao cargo. Ele é candidato único na escolha do novo reitor nas eleições que acontecerão nos dias 27 e 28 de abril. Nesta entrevista, ele diz não temer desafios e que as novas metas a serem cumpridas estão pautadas na legalidade e na busca para aproximar ainda mais a comunidade acadêmica, formada por 30 mil alunos e três mil servidores, entre professores e técnicos, da sociedade. Angelo fala também da segurança nos campi e da situação em Lagarto e Nossa Senhora da Glória, (Campus da Saúde e Campus do Sertão, respectivamente). Confira a entrevista na íntegra:


JORNAL DA CIDADE O senhor é candidato à reeleição para reitor da UFS em chapa única. A que atribui não ter concorrentes nesta eleição?


ANGELO ANTONIOLLI- O nosso trabalho, nesses três anos e meio, deve ter nos credenciado para que lográssemos chegar à consulta perante a comunidade universitária sem nenhuma chapa como concorrente. Evidentemente nós não temos a pretensão de ser unanimidade em torno dos nossos nomes. Sabemos que há colegas que devem ter pretendido lançar uma chapa para concorrer com a nossa. Não o fizeram, todavia. A razão disso? Só eles o sabem. Porém, de qualquer forma, estamos colocando os nossos nomes diante dos professores, técnicos administrativos e alunos. Com humildade e com a esperança de que o nosso trabalho será devidamente reconhecido pela maioria dos que se dispuserem comparecer à votação. Aliás, conclamamos a todos que analisem o que fizemos e o que pretendemos fazer, como está tudo registrado no nosso programa.


JC – Que balanço que o senhor faz dessa atual gestão? O que foi feito?


AA- Tem sido uma gestão norteada pelos desafios. Mas nós nunca fomos de temer os desafios nem de cruzar os braços diante de prováveis empecilhos. Quem tem compromisso deve procurar seguir em frente. Há pedras no caminho? Devem ser removidas. Há trabalho árduo a ser executado? Vamos executá-lo. Nós fomos eleitos, em 2012, para gerir a UFS. É o que temos feito. E é o que continuaremos a fazer. Falando no que foi feito, há uma gama muito grande de obras realizadas e sendo realizadas. Novos cursos, na graduação e na pós-graduação, um campus inaugurado (Lagarto) e um campus provisório aberto (Sertão). Obras estruturantes têm sido realizadas, como é o caso da moderna estação de tratamento de efluentes, no Campus de São Cristóvão, prédios departamentais e tantas outras obras.


JC – Quais desafios a vencer e quais metas a serem cumpridas?


AA- Impulsionar a UFS, acercar-nos muito mais da sociedade sergipana, especialmente nas localidades onde estão situados os nossos campi. Avançar com as questões inerentes ao ensino, à extensão e à pesquisa. Procurar atender os anseios legais e legítimos da comunidade universitária, sem jamais atropelar a lei, como almejam os arautos da demagogia.


JC – Quanto houve de investimentos na UFS em projetos e obras nessa atual gestão? Qual a previsão para a próxima gestão?


AA - Com respeito a investimentos em obras e instalações, foram destinados no período 2013/2015, R$ 150 milhões. Para a próxima gestão, 2016/2020, estão previstos investimentos na ordem de R$ 100 milhões. Contudo, não nos acomodaremos. Haveremos de buscar mais recursos. Lutaremos por isso sem descanso. E temos certeza de que o nosso trabalho nos credenciará para lograr êxito nessa empreitada.


JC – Quando teremos os campi de Lagarto totalmente pronto? Quantos e quais cursos oferta e quantos alunos estudam nesse campus?


AA- Ainda não temos previsão de quando estará o campus de Lagarto totalmente concluído, mas estamos nos empenhando para que isso ocorra o mais breve possível. Lá funcionam oito cursos: Enfermagem (214), Farmácia (182), Fonoaudiologia (135), Fisioterapia (199), Medicina (196), Nutrição (167), Odontologia (83) e Terapia Ocupacional (156), totalizando, assim, 1.332 alunos matriculados no ano letivo de 2015.


JC – E o Campus do Sertão? Quando começam as obras e qual a previsão de inauguração? Quantas vagas e cursos já oferta e quantas vagas irá ofertar quando da inauguração?


AA- Estamos funcionando em caráter provisório. Esperamos iniciar as obras do campus definitivo entre 2016 e 2017, a depender da situação orçamentário-financeira do País. Mas estaremos empenhados para que o MEC nos assegure os recursos necessários. O Campus do Sertão tem hoje quatro cursos, ofertando 50 vagas em cada, no total de 200 vagas. É, sem dúvida, um bom começo. E uma vitória daquela região.


JC – Os campi do interior já funcionam a contento?


AA- Em parte, sim. Há, porém, estruturas que precisam ser melhoradas, como é o caso de Itabaiana, ou melhormente aproveitadas, como é o caso de Laranjeiras. O campus de Lagarto continuará a ser edificado no que falta. E o campus definitivo do Sertão haverá de ser iniciado no tempo devido.


JC – Como o senhor avalia a segurança nos campi e o que já foi feito e o que está sendo feito para melhorar? Como é feita a segurança nos campi? Quantos vigilantes? Quantos motorizados?


AA- Com o universo de pessoas que compõem a comunidade universitária em relação ao número de ocorrências, especialmente de furtos, podemos assegurar que a segurança na UFS é boa, embora precise sempre melhorar. Nada deve bastar quando se procura alcançar resultados positivos, como é o que nos acontece. Todavia, quando ocorre alguma situação merecedora de uma atenção especial, como duas que ocorreram este ano, nós tomamos as providências cabíveis junto às autoridades competentes. Não nos furtamos em procurar assegurar a tranquilidade aos nossos professores, técnicos administrativos e estudantes. A UFS possui em seus campi 49 postos de vigilância resultando em um total de 98 vigilantes de empresa terceirizada, sendo que oito vigilantes motorizados no campus de São Cristóvão e oito vigilantes no campus de Lagarto, os demais campi não possuem vigilantes motorizados devido às suas estruturas físicas. Possuímos ainda 22 vigilantes do quadro efetivo da UFS, porém estes são desarmados. A UFS tem buscado o emprego de tecnologias, a exemplo de 200 câmeras de alta definição para monitoramento eletrônico, um investimento aproximado de R$ 1,5 milhão e já instaladas no Campus de São Cristóvão, e a melhoria da iluminação, reduzindo a altura de 42 postes e instalados 303 novos postes em que foram investidos R$ 4.356.677,30, buscando, assim, melhorar a visibilidade dentro da nossa universidade. Encontra-se em fase de finalização um projeto de instalação de aproximadamente dois mil metros de cerca tipo concertina no perímetro do campus, no perímetro que faz divisa com a mata que circunda a UFS. Iremos também realizar uma limpeza nas áreas mais problemáticas do campus e uma intervenção mais acentuada em nossa paisagem, como levantamento de copa e redução destas, melhorando assim a visibilidade de nossos vigilantes patrimoniais e da polícia no momento das rondas que serão realizadas dentro do campus. Com as reuniões realizadas com a SSP, será reforçado o policiamento no entorno da UFS, haverá manutenção de ações da Polícia Federal com rondas em horários alternados no interior do campus e ronda da Polícia Militar, sendo que esta última ação será definida na próxima segunda-feira, dia 11, com o capitão Alcântara, do Município de São Cristóvão.


JC – A UFS tem quantos alunos? E quantos professores e funcionários? Há perspectivas de crescimento? Em quanto?


AA- A UFS tem em torno de 25 mil matriculados na graduação presencial e de 3.600 na graduação a distância. Temos ainda 2.740 alunos na pós-graduação. A Universidade Federal de Sergipe possui, atualmente, 1.456 professores e 1.478 servidores técnico-administrativos. A perspectiva de crescimento para os próximos anos está diretamente relacionada às pactuações estabelecidas entre o MEC e a UFS, vinculadas aos novos campi, principalmente ao Campus do Sertão, uma vez que o campus de Lagarto, nesse item, encontra-se em fase consolidado.


JC – A UFS saiu na avaliação do MEC de uma instituição de pequeno para médio porte. Quando chegará a grande porte? O que falta a isso?


AA- Já foi uma vitória, fruto de um trabalho sequenciado nos últimos anos, sobretudo a partir das gestões anteriores nas quais ocupamos o cargo de vice-reitor, termos saltado de pequeno para médio porte, como universidade. Quanto ao futuro, deveremos continuar palmilhando o chão de novas vitórias, de novas conquistas. Temos consciência do que somos, do que temos, do que poderemos ser e do que poderemos ter. Para tanto, será preciso continuar lutando. E a luta não é do reitor, não é da chapa que está se colocando à consulta. A luta haverá se der de todos que zelam pela UFS. Afinal, “Somos Todos UFS”.


JC – O que representou para a UFS receber o selo de excelência da OAB? Essa honraria surpreendeu? A que o senhor credita o recebimento desse selo?


AA- Representou a confirmação de que o nosso curso de Direito é top de linha, como dizem os estudantes. Não surpreendeu porque em cinco edições do OAB Recomenda o nosso curso de Direito foi agraciado em todas. Somos, pois, pentacampeões. Os nossos professores e os nossos alunos têm uma qualidade invulgar. O mérito é de todos eles. A eles, os nossos parabéns e os nossos agradecimentos.


JC – Sobre a biblioteca da UFS. Quais as condições atuais do acervo e estrutura física? Há previsão de melhorias para esse espaço?


AA- O nosso acervo bibliográfico é composto de 76.846 títulos, com 239.349 volumes, além de 6.091 títulos de periódicos e 123.396 fascículos. Constam ainda centenas de dissertações de tese, matérias especiais, relatórios, gravuras e separatas. A comunidade acadêmica pode, ainda, consultar cerca de 30 mil e-books. Em 2015, foram efetivados 411.172 empréstimos e 906.187 usuários estiveram pesquisando na Bicen.


JC – Quantas refeições são servidas diariamente no Resun e quanto custa para o aluno, e para a universidade, cada refeição? Qual o custo de manutenção do Resun e quanto ele tem de receita?


AA - Diariamente, são fornecidas cerca de quatro mil refeições, distribuídas entre o almoço e o jantar. O aluno paga o valor simbólico de R$ 1,00 por refeição. E há cerca de mil alunos que têm isenção do pagamento desse valor. A UFS paga por cada refeição fornecida o valor de R$ 10,40.


Por: Célia Silva/Equipe JC”.


Foto: André Moreira/JC.




Atualizado em: Ter, 12 de abril de 2016, 13:48
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