Seg, 01 de abril de 2019, 12:08

Atuação da UFS: impacto social e econômico em Sergipe
Angelo Roberto Antoniolli

Na próxima semana, de 04 a 05 de abril, será realizado um evento jurídico desdobrado na X JORNADA INTERNACIONAL DIREITO E JUSTIÇA, no auditório do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife (PE), tendo como tema central “As Instituições e o Direito diante dos Novos e Complexos Desafios Políticos, Econômicos e Tecnológicos do Século XXI”. Tão auspicioso evento tem à frente de sua organização o Núcleo de Extensão e Pesquisas em Relações Internacionais – NEPRIN, da UFS, coordenado pelo professor Carlos Rebelo Júnior, desembargador federal, que no dia 03 do referido mês estará sendo empossado no cargo de Corregedor do mesmo Tribunal, que terá como presidente na mesma data empossado o desembargador federal Vladimir Souza Carvalho, sergipano, e como vice-presidente, o desembargador Rubens de Mendonça Canuto Neto.

O evento jurídico conta com a participação de diversas entidades, dentre elas o próprio Tribunal Regional Federal da 5ª Região, a Escola da Magistratura Federal da mesma Região, da Universidade Federal de Sergipe, da Universidade de Buenos Aires, da Universidade Católica de Pernambuco etc. Aliás, a cooperação entre a Universidade Federal de Sergipe e a Universidade de Buenos Aires vem se consolidando ao longo do tempo. É uma parceria que tem dado bons frutos.

Na sexta-feira, dia 05, caber-nos-á proferir uma conferência com o tema “ Universidade Federal de Sergipe – UFS, antes e depois do REUNI/Impacto Social e Econômico em Sergipe”. O tema que nos foi dado tem relevância por si só, mas, também, por conta dos tempos que ora vivenciamos na educação brasileira, e, sobretudo, na educação superior. Tempos desafiadores.

A Universidade Federal de Sergipe, vai completar 51 anos de efetiva existência. Uma Universidade nova e pequena, quando se compara com as Universidades Federais dos maiores estados brasileiros. A despeito disso, a UFS vinha crescendo em diversas áreas antes do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que buscou ampliar o acesso e a permanência na educação superior. A meta era dobrar o número de alunos nos cursos de graduação em dez anos, a partir de 2008, e permitir o ingresso de 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação.

Para alcançar o objetivo, todas as Universidades Federais aderiram ao programa e apresentaram ao Ministério da Educação planos de reestruturação, de acordo com a orientação do REUNI. As ações previam, além do aumento de vagas, medidas como a ampliação ou abertura de cursos noturnos, o aumento do número de alunos por professor, a redução do custo por aluno, a flexibilização de currículos e o combate à evasão.

Na Universidade Federal de Sergipe, o REUNI teve impactos fundamentais para a ampliação de cursos e para a reestruturação física, além da ampliação dos seus quadros docente e técnico-administrativo de forma substancial. A UFS deu um salto de qualidade que teve repercussão nos aspectos sociais e econômicos do próprio estado de Sergipe.

Antes do REUNI, podemos dizer, a UFS andava a passos miúdos, não por conta de seus gestores, mas, sim, em face da precariedade de recursos financeiros dos quais ela há muito se ressentia. Não obstante tais dificuldades, os gestores que antecederam o lapso temporal do REUNI não deixaram de envidar esforços para consolidar e ampliar, como possível, o que vinha sendo construído desde 1968.

O REUNI trouxe novo alento à Universidade Federal de Sergipe. Novo tempo. Avanços significativos foram evidenciados. A UFS saiu de sua sede, no Campus de São Cristóvão, e ganhou o interior. Laranjeiras, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora da Glória. Cursos e vagas foram criados. Professores advindos de várias partes do Brasil e de diversos outros países. Somente nos últimos seis anos, o volume de recursos investidos soma centenas de milhões de reais, incluindo o aporte de recursos advindos do OGU – Orçamento Geral da União, em termos de emendas parlamentares, consignadas por quase todos os nossos parlamentares federais – deputados e senadores das mais diversas agremiações partidárias e das mais variadas tendências ideológicas.

Acompanhamos de perto todo o desenrolar do REUNI, enquanto ocupávamos a vice-reitoria, ao longo de oito anos, antes de sermos conduzidos pela comunidade acadêmica para o cargo de reitor em duas sucessivas escolhas públicas.

Em Recife, mostraremos o que foi a UFS antes do REUNI e o que vem sendo realizado a partir dali. Nestes tempos de expectativas em decorrência de uma gestão federal que se desenvolve há três meses, continuaremos firmes na luta pela Universidade pública, gratuita e de qualidade, naquilo tudo que compõe o tripé da educação de acordo com o mandamento constitucional: ensino, extensão e pesquisa.

Em Sergipe, o impacto social e econômico decorrente da atuação da Universidade Federal de Sergipe é inegável. A UFS tem contribuído enormemente para que Sergipe vença os desafios que impactam a sua vida social e econômica. E muito ainda ela terá como contribuir.

Angelo Roberto Antoniolli é reitor da Universidade Federal de Sergipe


(Foto: Adilson Andrade/AscomUFS)
(Foto: Adilson Andrade/AscomUFS)
Atualizado em: Seg, 01 de abril de 2019, 12:17