Seg, 09 de agosto de 2021, 11:50

Rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica e grupo de reflexão com homens agressores inicia atividades em São Cristóvão
Primeira reunião dos grupos ocorre nesta terça-feira, 10
Nos grupos com as mulheres, o objetivo principal é auxiliá-las a conquistar forças para começarem uma nova vida, longe de qualquer tipo de violência. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Nos grupos com as mulheres, o objetivo principal é auxiliá-las a conquistar forças para começarem uma nova vida, longe de qualquer tipo de violência. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Desde 2012, a Universidade Federal do Sergipe recebe mulheres vítimas de violência doméstica no Grupo de Apoio de Mulheres Agredidas (Gama). No ano seguinte, 2013, também passou a atender os responsáveis pelas práticas violentas, por meio do Grupo de Autores de Violência Doméstica (Gasvid). Acolhidas, as mulheres recebem todo o suporte necessário para iniciarem uma nova vida, tais como assistências à saúde e jurídica, acompanhamento psicológico, dentre outras providências. Os homens, por sua vez, são convidados a refletir sobre o que fizeram, a fim de iniciarem um processo de mudança de comportamento.

Diante dos resultados positivos conquistados pelos grupos, a iniciativa será ampliada e passará a ser ofertada também em São Cristóvão. A partir desta terça-feira, 10, haverá reuniões semanais dos grupos dentro do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), localizado no conjunto Eduardo Gomes, bairro Rosa Elze.

"Trabalhamos a ambiência do espaço, tornando-o acolhedor. Os encontros serão realizados obedecendo todos os protocolos sanitários vigentes, como, por exemplo, locais abertos e com os equipamentos de proteção adequados tanto para a equipe como para as mulheres e os homens”, detalhou a coordenadora da ação, a professora e terapeuta ocupacional Sandra Aiache Menta.

A iniciativa é resultado de uma cooperação técnica firmada entre a UFS e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), representada pela delegada Ana Carolina Machado Jorge, da Delegacia de Atendimento de Grupos Vulneráveis (DAGV).

“Em doze encontros, aproximadamente três meses, trabalhamos com temáticas específicas, baseadas nos estudos que realizei durante o meu doutorado, para que essa mulher conquiste o empoderamento psicológico e seja capaz de ser protagonista de sua vida e, no caso dos homens, para que eles reflitam e modifiquem os seus atos”, explicou a professora.

Como denunciar

Nos casos de violência contra a mulher, a Polícia Militar pode ser acionada por meio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) no 190, nas situações em que o crime esteja ocorrendo. As denúncias também podem ser feitas por qualquer pessoa por meio do Disque-Denúncia da Polícia Civil, no telefone 181. O sigilo é garantido.

O telefone do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), unidade plantonista que funciona 24h, é o (79) 3205-9400.

Andréa Santiago

Luiz Amaro (edição)

comunica@academico.ufs.br



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