
Cerca de 150 doses de vacinas antirrábicas estão sendo aplicadas em animais comunitários esta semana no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que abriga entre 650 e 700 cães e gatos. Microchipagens e cadastro de animais no Sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos do Ministério do Meio Ambiente (Sinpatinhas) também estão sendo realizados.
Dez alunos do curso de Medicina Veterinária e profissionais voluntários estão envolvidos na ação, que marca o início de um novo modelo de manejo animal no ambiente universitário e está sendo organizada pela Coordenação de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho (Coaset), em parceria com o Hospital Veterinário Universitário (HUV) e o Departamento de Medicina Veterinária.

De acordo com a médica veterinária do HUV, Alanna Andrade, este tipo de vacina deve ser aplicada anualmente. “Essa ação de vacinação tem grande importância, considerando que a gente tem uma população extensa de felinos aqui no campus. Cada animal que a gente consegue vacinar promove uma imunização de rebanho. Então, a doença não chega nele, assim, não passa para um outro que a gente não tenha conseguido vacinar”, explicou.
Após a vacinação, os animais que não são microchipados recebem um dispositivo cutâneo que mapeia por quais procedimentos ele já passou, como vacinas e castração.
Antes da ação, foi realizado um treinamento e roda de conversa com o médico veterinário Clêrton Rocha, voltado aos estudantes. “A vacinação promove a saúde coletiva desses animais que hoje são animais comunitários do campus e responsabilidade da universidade. Além disso, envolvemos estudantes, o que tornou isso uma ação de extensão para a comunidade”, disse o profissional.

Para o estudante do 7º período de Medicina Veterinária Andrei Faro, que microchipou um animal pela primeira vez, a atividade possibilitou a aprendizagem prática dos conteúdos vistos em sala de aula.
“A gente consegue ter um contato físico com os animais e também com a instrumentação de alguns aparelhos, como por exemplo o uso da seringa e também a dosagem do medicamento e, principalmente, a aplicação. Como são animais que não estão em um lar, têm um comportamento um pouco mais difícil e a gente também acaba aprendendo como lidar com esses animais”, comemorou.
O campus de São Cristóvão é o que mais abriga animais, mas a ideia é que a ação também seja realizada em outros campi, como explica a professora de Engenharia Florestal, Laura Jane. "Vamos fazer uma articulação com as prefeituras de onde os campi estão localizados e elaborar um planejamento estratégico para cada realidade".