Membros da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) realizam nesta sexta-feira, 26, o cadastro de pessoas que farão parte do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). A ação ocorre até as 16h entre as didáticas 1 e 2, sendo que às 13h30 será disponibilizado um ônibus, saindo do Departamento de Farmácia, para que essas pessoas possam também se dirigir ao Hemose para doação de sangue.
Uma das envolvidas na ação é a professora Dulce Schimieguel, do Departamento de Farmácia. “Estamos aqui na campanha de captação de doadores de sangue e de medula óssea, uma iniciativa do Departamento em conjunto com a liga de hematologia e hemoterapia da UFS e com a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina. É a primeira campanha dessa natureza na UFS depois do início da pandemia. Lembrando que a doação de sangue não é feita aqui na universidade, é no Hemose, mas o cadastro de doador de medula é feito aqui mesmo”, informa Dulce.
“A coleta de sangue para análise está sendo feita no auditório do CCSA até as 16h. Nós temos ainda no Brasil e no mundo muitos pacientes com doenças graves hematológicas e que precisam de transplante de medula, mas não encontram doadores da família. Então necessitam recorrer ao banco de doadores. Como o Brasil é um país que tem uma diversidade racial muito grande, temos uma probabilidade muito menor de encontrar doadores, por isso que essa captação de registro de doadores é muito importante. Quanto mais doadores cadastrados, maior a chance desses pacientes encontrarem um que seja compatível com eles para o transplante”, destacou Dulce Schimieguel.
Parceria
Para Roseli Dantas, assistente social do setor de Captação de Doadores do Hemose, a parceria com a UFS, tanto para o cadastro no Redome, quanto para doação de sangue, é muito relevante. “É um público que pode nos ajudar bastante. Quem tiver interesse em contribuir, mas não puder fazer isso hoje na universidade, pode procurar o Hemose posteriormente para fazer seu cadastro. Qualquer pessoa até 35 anos e que obedeça aos critérios pode ser cadastrada”, explica Roseli.
Os critérios para cadastro no Redome são ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Além disso, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Dados atualizados
Outro ponto importante, conforme o enfermeiro Roney Bantim, do Hemose, é que o doador, após o cadastro, mantenha sempre os seus dados atualizados. “O cadastro do futuro doador precisa ter endereço, e-mail e telefone atualizados, porque essa é a forma de entrar em contato com ele. É feita a coleta de 4ml a 5ml de sangue, que é armazenada para verificação de uma possível compatibilidade com o receptor. Por isso, quanto mais cadastrados tivermos, melhor, porque aumenta as chances de conseguir uma compatibilidade e salvar vidas”, resume Roney.
Um dos cadastrados na UFS foi o estudante de Odontologia Samuel Andrade. “A iniciativa é muito importante, porque a legislação vigente impede que maiores de 35 anos façam a doação de medula, e a maior parte do público universitário é de pessoas abaixo dessa idade, e são pessoas que já tem um conhecimento maior da importância da doação de medula, então a ação, ocorrendo na UFS, é uma ação direta para salvar vidas”, declara.
Os hemocentros regionais, conhecidos como bancos de sangue públicos, são responsáveis por cadastrar os interessados em se tornar doadores de medula óssea. Em Sergipe, esse trabalho é feito pelo Hemose. Os dados são agrupados em um registro único e nacional, o Redome, e o indivíduo pode ser voluntário para a doação de sangue, doação de medula ou de ambos, desejo que deve ser explicitado no momento do cadastro.
Ascom UFS