Qui, 29 de setembro de 2022, 11:12

Evento na UFS busca desconstruir paradigmas acerca da pessoa com deficiência
Iniciativa prossegue até o final da tarde

Durante toda esta quinta-feira, 29, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) realiza o evento Diversidades – (Des)construindo paradigmas acerca da pessoa com deficiência. O objetivo é consolidar a política de acessibilidade para manter o acesso igualitário à vida social, permanência e formação profissional de qualidade de discentes com Necessidades Educacionais Específicas (NEE), conforme explica a professora Lavínia Teixeira, chefe da Divisão de Ações Inclusivas da UFS (DAIN).

“Esse é um evento construído por várias mãos, no qual falamos sobre a desconstrução dos preconceitos e dos paradigmas relacionados à pessoa com deficiência. Temos hoje aqui empreendedores, alunos com deficiência, paratletas, inclusive olímpicos, que são alunos da Universidade Federal de Sergipe, falando um pouquinho como eles se percebem e como são percebidos pelas outras pessoas”, declarou Lavínia.


Fotos: Schirlene Reis
Fotos: Schirlene Reis

“Incluímos também a palestra com o presidente do Conselho Sergipano de Pessoa com Deficiência e atrações artísticas. É um dia incrível. Temos duas oficinas, uma sobre audiodescrição com pessoas convidadas e outra sobre libras. O público-alvo é toda a comunidade interessada no tema”, complementou a professora.

Para Lavínia, a ideia, diante da política da universidade de acessibilidade, é promover uma conscientização. “É a sensibilização da nossa comunidade, tanto acadêmica quanto de toda a sociedade acerca da pessoa com deficiência. Chega de ficar com essa visão assistencialista e de vitimização da pessoa com deficiência, é preciso promover o acesso, permanência e estudo de qualidade para pessoas com deficiência. Não é assistencialismo, é um direito garantido por lei”, reforçou a chefe da Divisão de Ações Inclusivas da UFS.


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De acordo com ela, o Plano de Desenvolvimento Institucional 2021-2025 da UFS aponta pela primeira vez quais as Políticas de Acessibilidade que a UFS tem se apoiado para cumprir o seu dever. “Temos um longo caminho a percorrer e não podemos perder o foco, pois a cada ano letivo descortinam-se realidades desafiadoras e que precisamos estar focados, comprometidos e articulados nessa missão. A proposta deste evento é compartilhar com a comunidade acadêmica, não somente as dificuldades e barreiras enfrentadas por discentes, mas também as potencialidades, a criatividade e o trabalho que temos realizado para que juntos consigamos avançar ainda mais”, enfatizou Lavínia.

Conforme o vice-reitor da UFS, Rosalvo Ferreira, que abriu o evento, esta é uma demonstração inequívoca de que as ações que a universidade tem adotado em relação à acessibilidade, à inclusão estão no caminho certo. “Precisamos avançar mais, precisamos ampliar essas possibilidades. Nós sabemos que as restrições orçamentárias causam dificuldades, geram restrições maiores nas ações que foram planejadas, mas é muito válido o esforço coletivo de docentes, técnicos administrativos e sobretudo daqueles que tomam para si a responsabilidade de pensar modelos alternativos”, pontuou Rosalvo.


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“A instituição tem que inovar e criar essas condições do ponto de vista da inclusão propriamente dita, mas sobretudo de garantir que as condições sejam idênticas, o acesso à instituição deve ser sempre para garantir a permanência de qualquer estudante, em especial um estudante com deficiência, um técnico administrativo com deficiência, um professor com deficiência, essa é uma luta permanente, e a instituição deve sempre olhar com a atenção devida para tudo o que está ocorrendo no seu âmbito e também na sociedade. É preciso contribuir com os movimentos que atuam em defesa das pessoas com deficiência no estado de Sergipe, no Nordeste e no Brasil”, enfatizou o vice-reitor.

Também fez parte da composição da mesa de abertura a representante dos alunos com deficiência na UFS, Mangery Zhang, que cursa Relações Internacionais. “Essa representação para mim não é uma um cargo, não é um momento em que eu possa estar aqui para me verem. Para mim é um caminho aberto para qualquer pessoa que, com deficiência, queira estar aqui nesse lugar e perceber como uma instituição tão linda como a UFS pode trabalhar para nós”, mencionou Mangery.


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“Eu fico muito feliz porque a gente percebe que sementes estão sendo plantadas, com muito amor, eu tenho certeza que hoje vai ser um dia muito bom. Se você conhece uma pessoa com deficiência, mesmo não sendo universitária, diga que pode participar do evento, é muito bom”, convidou.

Para conferir a programação completa, acesse o Instagram da UFS.

Ascom


Atualizado em: Qui, 29 de setembro de 2022, 11:46
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