Sex, 21 de outubro de 2022, 10:26

12ª Feira Científica de Sergipe acontece na UFS
Mais de 140 projetos estão sendo expostos
Fotos: Schirlene Reis
Fotos: Schirlene Reis

Estudantes de escolas públicas e privadas estão reunidos nesta sexta-feira, 21, no Centro de Vivência da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde estão expondo seus projetos na 12ª edição da Feira Científica de Sergipe (Cienart). O evento, que prossegue até as 15h, abrange as categorias Ciência, Tecnologia e Arte, em uma iniciativa da Associação Sergipana de Ciência (ASCi), em conjunto com a UFS, e parceria do Instituto Federal de Sergipe (IFS), apoio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec), por meio do Programa Pesquisa na Escola.


Feira contou com cerimônia de premiação no final do evento. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Feira contou com cerimônia de premiação no final do evento. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Alunos premiados durante solenidade. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Alunos premiados durante solenidade. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

De acordo com uma das organizadoras do evento na UFS, a professora Raquel Freitag, do Departamento de Letras Venáculas, a previsão é que no decorrer do dia passem mais de cinco mil pessoas pelos 107 estandes da Cienart . “A Cienart já tem 12 anos de atividade aqui no estado, nós realizamos atividades durante o ano todo para promover o desenvolvimento da pesquisa científica na educação básica. Oferecemos treinamento aos professores da escola para elaborar seus projetos de pesquisa, para captar bolsas, para captar recursos financeiros, envolver seus projetos de pesquisa, nós também damos treinamento para a publicação de artigos científicos, e a culminância do processo é aqui na Feira”, expõe a professora.


Raquel Freitag, uma das organizadoras do evento.
Raquel Freitag, uma das organizadoras do evento.

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“As equipes apresentam os seus trabalhos nas modalidades de bancada e artística, com palco. Os melhores trabalhos são premiados com bolsas de iniciação científica júnior e auxílio financeiro para que os professores continuem a desenvolver a pesquisa na educação básica. É um dos projetos de maior impacto que existe em Sergipe em termos da sua capilaridade, abrangemos quase todos os municípios em termos de resultados, porque muitos dos bolsistas de iniciação científica júnior, que começaram na Cienart, hoje já estão no mestrado e no doutorado aqui da própria UFS”, comenta Raquel Freitag.

“Eu convido todos a visitar, a prestigiar a pesquisa científica desenvolvida na educação básica, muitas vezes em condições adversas, porque falta internet, falta laboratório, mas mesmo assim essas pesquisas mostram a capacidade de adaptação e resiliência da educação básica, elas precisam ser conhecidas, divulgadas, para que a gente tenha uma boa imagem da escola pública que faz ciência, que faz a diferença, que dá certo, que tem práticas transformadoras”, diz a organizadora.


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Ciência

A professora Eliana Midori, que é do Departamento de Química da UFS e secretária da Associação Sergipana de Ciência (ASCi), também faz parte da comissão organizadora da Cienart. “Esse é um projeto muito importante para o estado de Sergipe, com vários trabalhos da educação básica, tanto de escolas privadas quanto públicas. É um incentivo muito grande para a pesquisa na educação básica. Então temos vários projetos em parceria com as instituições de ensino e pesquisa, é um grande incentivo para que esses alunos continuem na carreira científica, entrem nas instituições de pesquisa e façam cursos relacionados à ciência, tecnologia e arte”, aponta Eliana.

Café de semente de abóbora

Um dos projetos apresentados na Cienart veio do município de Tobias Barreto, a cerca de 130km da capital sergipana. Hemilly Rodrigues e suas colegas, estudantes do Colégio Estadual Maria Rosa De Oliveira, trouxeram para a Feira o café produzido a partir de sementes de abóbora. “A nossa intenção é reaproveitar a semente de abóbora para fazer café, porque a gente viu que era um dos materiais que mais estavam tendo desperdício em nossa escola. A abóbora a gente sempre utiliza, mas a semente fica lá sem uso nenhum. Então nos juntamos em um grupo, fizemos uma pesquisa, vimos os benefícios dessa semente e chegamos à concretização do projeto”, conta Hemilly.


Eliana Midori, da Associação Sergipana de Ciência (ASCi).
Eliana Midori, da Associação Sergipana de Ciência (ASCi).

A estudante detalha como o grupo iniciou os trabalhos. “A gente começou a montar o projeto coletando a semente de abóbora usada para o nosso almoço na própria escola, higienizamos as sementes, depois começamos a secagem para fazer a fritagem dela ou assar também, que é um processo que você pode fazer em casa, desde que tenha materiais básicos de qualquer cozinha, então a gente secou por dois ou três dias e, depois da secagem, fritamos a semente, mas lembrando que também pode ser assada até chegar em um ponto parecido com um café original, depois disso a gente triturou a semente, processou e chegamos ao pó do café”, explica Hemilly.

“O nosso projeto visa mais ao reaproveitamento, a gente quer reaproveitar, diminuir a quantidade de lixo acumulado no mundo. É um projeto que a gente começou na escola, mas vai se expandindo pelos alunos para fora da escola, é o que a gente planeja, fazer parcerias com outros locais e aumentar o reaproveitamento”, declara.


Hemilly Rodrigues (à frente) e suas colegas, responsáveis pela produção do café feito com semente de abóbora.
Hemilly Rodrigues (à frente) e suas colegas, responsáveis pela produção do café feito com semente de abóbora.

Os melhores trabalhos receberão certificado, brindes e bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica aos estudantes de Ensino Médio, sendo que em cada modalidade 10% dos trabalhos com maior pontuação serão premiados. Os demais, desde que sejam indicados pela comissão avaliadora, poderão receber menção honrosa. Os vencedores receberão valores de R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil para investirem na realização do próximo projeto, a contrapartida é apresentar esse trabalho na próxima edição da Cienart.

Ascom UFS

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Sex, 21 de outubro de 2022, 17:38
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