Reforma Urbana e Direito à Cidade é um projeto que busca pensar políticas urbanas para o país em articulação com objetivos como a proteção da vida e do bem viver, a ampliação de acesso a bens públicos, entre outros. São 17 livros abordando diferentes metrópoles brasileiras, organizados pelo Observatório das Metrópoles.

Um desses livros trata da região metropolitana da capital sergipana, organizado pelo Núcleo Aracaju, um dos grupos que integra o Observatório. O livro tem o intuito de enfatizar a relevância de democratização do debate referente ao direito à cidade, como um direito coletivo e que representa as oportunidades e “experiências urbanas” que devem ser oferecidas para a reprodução da vida em sociedade no meio urbano.

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O Núcleo Aracaju tem origem no Centro de Estudos de Planejamento e Práticas Urbanas e Regionais (Cepur) do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Sediado no Campus de Laranjeiras, foi criado em 2018 com foco em pesquisas sobre dinâmica de produção e de reestruturação do espaço urbano e metropolitano nos municípios sergipanos.

De acordo com Sarah Alves França, coordenadora do Núcleo, o grupo reúne pesquisadores de diversas áreas, além de pessoas ligadas a movimentos sociais que lidam com a pauta urbana.

“Discutimos questões como políticas habitacionais, mobilidade urbana, saneamento básico, da organização social, da aglomeração urbana, que aqui no nosso caso envolve quatro municípios (Aracaju, Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão). Então é um grupo multidisciplinar para discutir as questões urbanas em torno da região metropolitana de Aracaju”, diz Sarah, que é professora do DAU.

Rede nacional de pesquisa

O Observatório das Metrópoles é uma rede nacional de pesquisa que trabalha de forma sistemática e articulada sobre os desafios metropolitanos colocados ao desenvolvimento nacional. É um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), status conferido pelo CNPq para grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas.

“É uma grande rede nacional que estuda as metrópoles brasileiras em dezessete núcleos, cujas sedes em sua grande maioria são universidades. Nós somos o núcleo mais recente, que se vinculou ao observatório no início do ano passado”, conta Sarah França.

“É uma rede extremamente consolidada, tem mais de 30 anos de existência, foi contemplada como uma das 100 maiores redes de pesquisa do país e uma das únicas que estuda a questão urbana. Então é um grande privilégio para a UFS sediar o Núcleo e contar com pesquisadores fazendo parte desse grupo”, comemora a docente.

O livro

Com nove capítulos e quatro “boxes”, o livro organizado pelo Núcleo Aracaju integra a coleção Reforma Urbana e Direito à Cidade, buscando mobilizar os resultados acumulados durante a realização do programa de pesquisa do Observatório das Metrópoles.

“O nosso livro tem o intuito de enfatizar a relevância da democratização do debate referente ao direito à cidade como um direito coletivo. A gente põe em debate questões muito importantes como aspectos sociais, aspectos econômicos, urbanísticos, políticos, a questão da institucionalização da região metropolitana. Observamos também as questões sanitárias da pandemia, ou seja, a influência da cidade, do espaço urbano, nos resultados da pandemia da covid-19”, detalha Sarah França.

Segundo a pesquisadora, o Cepur, que representa o Núcleo Aracaju, mantém seus estudos integrados à rede de pesquisa do Observatório das Metrópoles, e já articula a produção de outro livro sobre o tema do direito à cidade.

Ascom
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