Com o início do semestre letivo 2023.1, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) abriu a recepção dos seus calouros e veteranos nesta segunda-feira, 5. No Campus São Cristóvão foi montada entre as Didáticas 5 e 6 uma estrutura denominada Corredor Científico, englobando apresentações de banners, entrega de folderes, apresentações de projetos e atividades diversas. Alunos, servidores e professores também estão disponíveis no local para tirar dúvidas e apresentar pontos da universidade.
Uma das responsáveis pela organização do Corredor Científico é a diretora do Departamento de Licenciaturas e Bacharelados da UFS, Fernanda Bispo. “Hoje os alunos estão visitando o Corredor Científico, que é um espaço em que grupos de pesquisa, movimentos estudantis, diversos departamentos apresentam projetos, pesquisas, dinâmicas. Além disso, professores trazem algo mais lúdico, de interação com o público”, explicou Fernanda.
“Nós chamamos a comunidade universitária para participar e interagir, temos apresentação de música, apresentação de dança, é realmente a semana do acolhimento, com programação até o dia 7, devido ao feriado do dia 8. A ideia é pulverizar as programações dos departamentos, cada departamento tem a oportunidade de coordenar as suas atividades. Sentimos que muitos calouros ainda ficam tímidos, mas que se encantam, porque é o primeiro contato deles com a universidade, o momento inicial da vida acadêmica, um dia muito importante”, lembrou a diretora.
Para recepcionar os estudantes, o Corredor Científico tem ainda um estande do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A presidente do DCE, Bruna Fernando, explica que é uma oportunidade de repassar conhecimento e auxiliar os discentes. “Hoje está ocorrendo essa recepção, especialmente para apresentar aos calouros a entidade, a importância do DCE para todos os estudantes que já estudam na UFS e para os que estão chegando, mas também explicando o que é um centro acadêmico, uma entidade estudantil a Associação Atlética Universitária, que vem com a parte de cultura, esporte, lazer. Estamos aqui para que os estudantes consigam ter uma referência, não só sobre a gestão e o movimento estudantil, mas também para estimular quem tiver disposição para construir o processo de defesa da nossa universidade, em defesa da educação pública gratuita e de qualidade”, pontuou Bruna, que é estudante do curso de Estatística.
Já o professor Alexandre Ramos, do curso de Engenharia Mecânica, trouxe cinco equipes de veteranos para o Corredor Científico. “Temos um centro de competições, que são várias equipes que competem nacionalmente e internacionalmente. Temos um foguete que compete na maior competição do mundo, o aeromodelismo, o Fórmula, que é uma competição como a Fórmula 1 para os alunos competirem com outras universidades brasileiras em itens como performance, velocidade e frenagem. Destaco também o Araras, que é o aeromodelo, um projeto bastante importante do ponto de vista acadêmico, tanto da parte de ensino, quanto da parte de pesquisa, ajudando inclusive a diminuir a evasão de alunos, porque esses projetos tornam o curso muito interessante. Essa é apenas uma parte do curso que está sendo apresentada hoje, principalmente para os novos alunos da UFS”, detalhou o professor.
Laranjeiras
Em Laranjeiras, os calouros também foram recebidos com uma programação especial. Veteranos, professores e autoridades estiveram presentes na propagação do Acolhimento do campus e participaram de palestras, para explicar sobre os cursos ofertados, plantio de muda de jambo e espaço de interação com café da manhã e pinturas para celebrar o momento.



Para o Reitor da UFS, Valter Santana, o Acolhimento é muito simbólico para todos que fazem o campus. “Nós temos aqui pessoas que se preocupam em receber bem os calouros, que cobram melhorias para que a gente possa avançar e ofertar para os nossos alunos as melhores condições de aprendizagem, e professoras e professores que se preocupam com o entorno onde estamos situados. Eu quero me dirigir aos calouros e falar para eles que aproveitem as oportunidades que a UFS oferece. Por meio dessas oportunidades, traduzidas em ensino de qualidade e projetos de extensão e pesquisas com professores renomados em suas respectivas áreas, temos a educação como ferramenta de transformação social”.
O veterano do terceiro período do curso de arquitetura da UFS, Márcio André, participou da recepção dos novos colegas de curso e salientou a relevância da ação. “Desde que saiu a primeira lista de convocação da UFS a gente começou a reunir os calouros, tendo em vista que esse é um momento de nervosismos. Muitos alunos acabam vindo de outras cidades. A gente acha muito importante promover essa integração e que os calouros tenham nos veteranos confiança para buscar informações”, destacou.


Itabaiana
A acolhida dos calouros no Campus Prof. Alberto Carvalho teve um sabor especial. Essa é a primeira vez, em 16 anos de existência do primeiro Centro da UFS no interior, que há ingresso de alunos no primeiro semestre letivo. Com a regularização da entrada discente, que vinha ocorrendo sempre de um ano para o outro, cerca de 500 novos calouros estão de casa nova.
E a empolgação de quem já mora ali é que dá o tom da recepção para quem está chegando. Paloma Farias Oliveira, aluna do oitavo período da Licenciatura em Física esteve engajada em receber os calouros de diversos cursos e mostrar um pouco de como é a vida universitária.



“Aqui é nossa primeira casa, porque a gente passa mais tempo na universidade do que na nossa casa. Então, é importante tirar esse peso e esse medo da universidade, e colocar leveza. Esse é o intuito do acolhimento: fazer com eles se sintam em casa e como parte da família. Saber que aqui é de fato um ambiente em que a gente precisa se dedicar, estudar, mas também tem um clima leve”, relata Paloma.
Caique de Jesus Portela, aluno da Licenciatura em Biologia, apreciou a acolhida. No auditório lotado, participava de um bingo enquanto conhecia seus futuros colegas de sala. “Está sendo muito acolhedor, muito interessante. Eles mostraram diversas modalidades, diversas formas de se inserir no curso. Os veteranos têm uma grande contribuição para inserção dos estudantes, e nós também iremos contribuir algum dia com a entrada de outros”, explica.



O acolhimento mobilizou não só os veteranos, mas envolveu muito trabalho de todos os setores e departamentos do campus numa programação que começou com exposição de robótica, construção de foguetes, banners de projetos de pesquisa, distribuição do guia acadêmico e programação cultural, tudo no chamado corredor científico, e se espalhou por diversas salas.
“Essa é a segunda vez que fazemos dessa forma e é um sucesso. Os alunos se envolvem, os professores também. Este ano, tivemos uma grande participação, eles apreciaram o corredor e, em seguida, cada departamento vai ter a sua programação própria pelos próximos dias”, conta Gicelma Ribeiro de Santana, funcionária da Divisão Pedagógica e de Extensão (Dipexi).



Na sala lotada, Maria Francielli ouviu seu nome na lista de chamada e foi à frente deixar sua marca colorida no mapa do estado de Sergipe. Entrando na Licenciatura em Geografia, ela diz que o acolhimento “está sendo maravilhoso. Estamos nos sentindo em casa. O primeiro dia é sempre bem difícil, mas aqui a gente recebeu uma recepção calorosa. Eles estão mostrando pra nós o cotidiano, e dá até pra começar a entender um pouco mais do curso”.
Morando em Sergipe há dez anos, a carioca Cristina Helena Gomes ingressou, aos 56 anos, na Licenciatura em Matemática, e aproveita o acolhimento para quebrar o gelo e conhecer os novos colegas de curso. Como alguém com mais experiência de vida, sabe que há desafios pela frente e que a verdadeira acolhida é essencial para todos.



“Resolvi voltar a estudar, tentei o Enem e consegui. As pessoas olham a idade, a aparência, e acham que você já morreu. Mas a inteligência não morre porque se envelheceu, pelo contrário. Eu sei que vão ter vários pedregulhos no caminho. Mas não se pode desistir. Ninguém está morto porque envelheceu, pelo contrário, é igual a vinho, fica bem melhor”, conclui.
Programação
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Ascom
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