
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) é uma associação não governamental que, atualmente, conta com mais de 900 cientistas em seu quadro, com foco no desenvolvimento científico e educacional do país. Para que Sergipe continue no cenário de ascensão na pesquisa do Brasil, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) organizou na tarde da última quarta-feira, 19, uma palestra com o tema “Conversando com a Academia Brasileira de Ciências”.
“Com nossos professores e pesquisadores reunidos, tivemos uma tarde de diálogos sobre a importância da ciência para o desenvolvimento do estado, justo em um momento no qual a universidade cresce e consolida seus programas de pós-graduação e pesquisa”, explica o reitor da UFS, Valter Santana.

Em sua fala, o reitor também comentou que esse encontro auxilia na ampliação das relações no campo das pesquisas, o que fortalece os projetos desenvolvidos dentro da instituição, uma vez que a UFS detém uma parcela significativa do conhecimento novo produzido no estado.
Com o olhar curioso do público presente na Sala dos Conselhos Superiores, no prédio da Reitoria, pesquisadores da graduação e pós-graduação foram instigados a pensar em novos caminhos para a ciência e tecnologia de Sergipe.
César Castro, discente do 7º período do curso de licenciatura em Física, não escondeu a expectativa ao ouvir os pesquisadores e poder interagir com eles. “São cientistas com muita bagagem, sabem do que estão falando e é uma oportunidade única. Estou perto de me graduar e acredito que esse é o momento ideal para falar sobre a ciência produzida aqui na academia e para além dela”, afirma o aluno.

Já a doutoranda Juciele Ribeiro afirmou que debater sobre a ciência é sempre um agregador em sua trajetória na pesquisa. “Onde e como conseguir algum material ou acesso ao laboratório são demandas da minha rotina como pesquisadora e aqui eu posso ter o conhecimento sobre essas questões conversando com outros colegas cientistas, tendo essa troca de experiência”, conclui Juciele.

O engajamento da universidade com a ciência é fundamental para a resolução dos problemas que assolam a sociedade como um todo. Para tal, é necessário que a academia sempre esteja atenta ao que está acontecendo, para debater e construir soluções com base científica. “Esse trabalho que nós estamos fazendo é uma abertura para trazer a academia para perto dos estados do Nordeste, com o objetivo de ter ainda mais acadêmicos no nosso quadro de membros”, destaca o vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências do Nordeste e Espírito Santo, Anderson Stevens Gomes.

Leonidas também reforçou a importância da palestra. “Precisamos falar sobre como a academia pode ajudar o estado através do conhecimento científico e tecnológico em seu uso e aplicações”.
Outro ponto discutido foi a necessidade da ampliação de bolsas de iniciação científica, com o auxílio de políticas mais assertivas nacionalmente para acomodar os estudantes oriundos das ações afirmativas da graduação e pós-graduação.

Lucindo Quintans, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, detalhou alguns pontos importantes abordados na mesa. “A Academia Brasileira de Ciências é, certamente, a estrutura científica mais importante que o Brasil tem. Além de discutir sobre os avanços que a ciência brasileira traz no aspecto mundial, que é algo de suma relevância para alavancarmos os estudos desenvolvidos no país, também foi abordada a questão do financiamento, que é sempre um obstáculo para a construção do conhecimento científico mundial”, argumenta Quintans.

A mesa de debate entre os pesquisadores e o público foi finalizada com a discussão acerca do papel da ABC no estado de Sergipe com a participação dos cientistas locais.
Janaína Cavalcante - Bolsista
Letícia Nery - Ascom UFS
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