
O banner vinílico, material muito utilizado na comunidade acadêmica para a apresentação de trabalhos de ensino, pesquisa e extensão devido ao custo acessível e à possibilidade de impressão com resolução fotográfica, ganha novos destinos a partir de um projeto de extensão desenvolvido no departamento de agroindústrias do Campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe.
Intitulado “Arte criativa sustentável: um olhar diferente sobre o banner de lona vinílica”, o projeto visa transformar o material descartado em ecobags (sacolas retornáveis), aventais e jogos americanos, promovendo conscientização ambiental e geração de renda a mulheres carentes.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Acenini Lima Baileiro, o reaproveitamento para a confecção de novos produtos, contribui não só para minimizar os impactos do material quando presente na natureza ou quando disposto em aterros, mas para aumentar a vida útil de um material resistente e durável, altamente versátil, produzido a partir de um recurso natural não renovável, cujas previsões são de esgotamento.
“Toda atividade humana gera algum resíduo ou impacto no meio ambiente e não é diferente com a utilização dos banners de lona vinílica, que rapidamente são transformados em resíduos e levam cerca de quatrocentos anos para se decompor no ambiente. No entanto, esse material pode ser reaproveitado num processo que diminui o impacto sobre a obtenção de novas matérias-primas, conferindo sustentabilidade aos produtos feitos com o que foi descartado, criando moldes e cartilhas para a propagação da técnica, que consiste na utilização apenas de cola, tesoura, régua, fitilho e alfinetes”, explica Acenini.

Para Thaislane de Oliveira Santos, estudante do segundo ciclo do curso de Agroindústrias no campus sertão e bolsista do projeto, a iniciativa do projeto tem transformado suas perspectivas pessoais e profissionais em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade.
“Estar neste projeto me fez ter mais conhecimento sobre o desenvolvimento sustentável e, com isso, ter um olhar mais crítico para o que fazemos diante e com o meio ambiente. Além disso, o conhecimento das técnicas de reciclagem me faz observar, aprender e ensinar outras pessoas a realizar os produtos e como isso impacta a vida de cada uma delas. É um processo transformador”, diz a estudante.

O projeto tem sido realizado através de oficinas específicas para a confecção de cada produto separadamente. ˜Dessa forma, é possível construir moldes mais precisos e tirar dúvidas mais efetivas sobre todo o processo de cada produto˜, explica a coordenadora.
A próxima oficina do projeto está prevista para setembro, mas ainda sem data definida.
Jéssica Vieira - Ascom UFS
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