Qua, 13 de agosto de 2025, 17:40

UFS encerra oficina de Dança Afro com foco na valorização da ancestralidade negra
Ação de extensão integra o Programa Cultural UFS Antirracista
Oficina aconteceu entre os dias 7 e 13 de agosto (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Oficina aconteceu entre os dias 7 e 13 de agosto (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

O Centro de Vivência do campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi palco, entre os dias 7 e 13 de agosto, da Oficina de Dança Afro, atividade integrante do Programa Cultural UFS Antirracista, uma iniciativa da Coordenação de Ações Afirmativas (CAAF/UFS) e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex/UFS), em parceria com o Banco do Nordeste. A ação buscou promover o reconhecimento e a valorização das expressões culturais de matriz africana, fortalecendo ações institucionais de enfrentamento ao racismo e de fomento à diversidade.

Ministrada pelo bailarino, coreógrafo e pesquisador da cultura afro-brasileira Henrique Vidal, a oficina teve 15 horas de duração e reuniu participantes de diferentes idades e experiências. A proposta foi utilizar o movimento corporal como ferramenta de reconexão com saberes ancestrais, trazendo à cena narrativas de resistência, fé e celebração.

Para o professor, promover atividades como essa dentro da universidade é também um ato de combate a preconceitos. “Existe uma intolerância religiosa estrutural que se cruza com o racismo, e a dança é uma forma de romper com narrativas cristalizadas. Quando trazemos a dança afro-brasileira para esse espaço, abrimos caminho para que ela seja reconhecida como conhecimento e memória viva”, afirmou.


Henrique Vidal é professor de dança (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Henrique Vidal é professor de dança (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Henrique destacou, ainda, que a experiência corporal vai além do exercício físico, carregando histórias e memórias. “Nosso corpo é um corpo de memória, que narra trajetórias do povo afro-brasileiro e africano. É uma forma de contar histórias que não estão nos livros, mas que resistem no movimento, na oralidade e na tradição”, disse.

A oficina também foi espaço de descobertas para os participantes. Stephanie Oliveira, 23 anos, auxiliar de limpeza, contou que sempre teve interesse pelo estilo. “Eu me inscrevi para conhecer mais, porque na prática é diferente. Gostei muito, o professor explica super bem e facilita o aprendizado. Estou triste por ser o último dia, queria muito mais”, relatou.


Stephanie Oliveira participou da oficina (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Stephanie Oliveira participou da oficina (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Ascom UFS


Atualizado em: Qua, 13 de agosto de 2025, 17:57
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