Na última sexta-feira, 17, o Laboratório de Pesquisa em Neurociência da Universidade Federal de Sergipe (Lapene/UFS) promoveu um encontro em prol do mês de conscientização sobre a fibromialgia. A atividade foi realizada no Parque Ecológico Poxim, no período da tarde e contou com participação de pessoas com fibromialgia, alunos e professores da área da saúde.

O evento contou com exercício físico, dinâmicas e brincadeiras, troca de ideias e piquenique. Parte da campanha Maio Roxo, a ação foi coordenada pela professora do Departamento de Fisioterapia, Josimari de Santana. Para ela, o intuito do evento é disseminar informações e promover maior conscientização e educação da sociedade. “No Lapene, temos nos dedicado a pesquisas científicas no intuito de investigar novas formas de avaliação e tratamento fisioterapêutico para aliviar a dor e melhorar a condição física e a qualidade de vida destas pessoas. Com os anos, nos tornamos um centro de referência para o tratamento de pessoas com fibromialgia e, considerando a adesão das pessoas e a necessidade de se manterem em tratamento em médio e longo prazos, comecei a desenvolver projetos de extensão com diferentes ações”, afirma a professora.

O doutorando André Santos foi um dos alunos envolvidos no projeto. “Consegui entender melhor quais são as principais barreiras que pessoas com fibromialgia enfrentam, como a autogestão na forma que lidam com a doença. São necessárias mais ações que visem contribuir para a conscientização da fibromialgia, disseminando conhecimento sobre a patologia e os seus principais desafios. E, assim, encorajar familiares e amigos a dar maior suporte para as pessoas que convivem com a doença e esclarecer para a população, no geral, os principais desafios diários de pacientes com fibromialgia”, declara André.
Para além da ação do dia 17, o Lapene/UFS também realizou outras ações ao longo do mês de maio, como rodas de conversa no formato online.

Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada como dor crônica músculoesquelética generalizada. Sua origem ainda não foi esclarecida, porém estudos sugerem que as alterações podem ser por decorrência de sensibilização neural central, distúrbios do sistema nervoso autônomo, fatores genéticos e psicossociais.
Entre os principais sintomas, estão listadas dores constantes e intensas por todo corpo, medo de se movimentar, hipersensibilidade ao toque, distúrbios do sono, déficit de memória, ansiedade e depressão, e fadiga constante.
Ascom UFS