A Universidade Federal de Sergipe (UFS) iniciou, na manhã desta segunda-feira, 19, uma série de ações voltadas à promoção da saúde e do bem-viver no ambiente acadêmico. A programação, que segue até a próxima sexta, 23, faz parte dos minifóruns de Promoção de Saúde Universitária, iniciativa do Núcleo de Promoção de Saúde da UFS. As atividades acontecem em todos os campi da instituição e incluem palestras, oficinas e vivências coletivas com foco no acolhimento, no pertencimento e no cuidado integral.
No Campus de São Cristóvão, a abertura oficial ocorreu no auditório do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), com a presença da vice-reitora Silvana Bretas, estudantes, servidores e palestrantes convidadas da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo do evento é estimular uma visão ampliada sobre o que é saúde dentro do contexto universitário, para além do cuidado médico ou psicológico individual.
“Temos observado na comunidade acadêmica um processo crescente de adoecimento e sofrimento psicológico. Por isso, a gestão entende que é preciso cuidar da nossa comunidade de forma integral”, afirmou a vice-reitora Silvana Bretas. “Esse cuidado não se limita ao encaminhamento para atendimento clínico. Estamos falando de promover saúde por meio da convivência, da arte, do lazer, de atividades que favoreçam o bem-estar coletivo, integradas ao que já fazemos na universidade, como ensino, pesquisa e extensão”.
A programação contou com a palestra 'A Promoção de Saúde e Bem-Viver e a ReBraUPS', ministrada pela professora Larissa Polejack, da UnB. Ela é coordenadora nacional da Rede Brasileira de Universidades Promotoras da Saúde (ReBraUPS) e destacou a importância da adesão da UFS à rede.
“A UFS está começando a se integrar à ReBraUPS, que hoje já reúne 43 instituições em todas as regiões do país. É um momento de celebração poder estar aqui e ver essa universidade somar forças a um movimento tão potente. As universidades se apoiam muito nesse processo coletivo de pensar a saúde de forma mais ampla, e isso tem transformado os ambientes acadêmicos”, destacou Polejack.
Entre as oficinas oferecidas, a atividade 'Universidade Brincante' levou ao campus práticas lúdicas como pintura de ecobags, customização de acessórios juninos, produção de pulseiras, karaokê e desenhos terapêuticos. A oficina foi conduzida pela professora Juliana Caixeta (UnB), da Coordenação de Articulação da Comunidade Educativa (Coeduca), vinculada à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu) da UnB.
“A Universidade Brincante busca criar espaços de interação e acolhimento que rompem com a lógica tradicional da vida acadêmica. Acreditamos que o brincar também ensina, promove habilidades sociais e fortalece o senso de pertencimento. As pessoas começam a conversar, pedir, elogiar umas às outras, e isso é potente”, afirmou Juliana. “Estamos com expectativas muito positivas com essa vivência aqui na UFS. Queremos saber, inclusive, se os estudantes vão pintar a UFS nas ecobags, como acontece na UnB. Isso é um ótimo indicativo de pertencimento”.
Para o estudante Antônio Narciso, calouro do curso de Ciências Sociais, o evento foi uma oportunidade de refletir sobre as múltiplas dimensões da saúde, especialmente a saúde mental dos estudantes. “É um tema de grande importância. A saúde mental é, hoje, um dos maiores desafios enfrentados por nós. Muitos colegas chegam à universidade enfrentando dificuldades em casa, passando por questões familiares e de aceitação, inclusive em relação à identidade de gênero. Além disso, tem gente que vem estudar sem nem ter se alimentado. Tudo isso afeta a saúde. E a universidade precisa ser um espaço de acolhimento, onde o aluno se sinta apoiado e pertencente”, relatou.
As atividades seguem até esta sexta-feira, 23, e acontecerão também nos campi de Aracaju, Lagarto, Itabaiana, Laranjeiras e Sertão.
Ascom UFS