Seg, 14 de julho de 2025, 17:06

Discussão sobre linguagem, antirracismo e interseccionalidade marca 14º CBLA na UFS
Atividade integra programação do Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada, que reúne mais de 1.300 participantes no campus de São Cristóvão
Oficina aconteceu na Didática 7 do campus de São Cristóvão da UFS (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Oficina aconteceu na Didática 7 do campus de São Cristóvão da UFS (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Com uma proposta voltada para os desafios sociais e educacionais contemporâneos, a oficina 'A sala de aula de línguas: elaborando uma atividade sobre linguagem, antirracismo e interseccionalidade' foi um dos destaques da programação do 14º Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada (CBLA), sediado no campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), entre os dias 14 e 18 de julho.

Ministrada pela professora Glenda Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a atividade provocou reflexões sobre o papel da linguagem na reprodução e também no combate de preconceitos dentro do espaço escolar. A proposta foi direcionada a professores, pesquisadores e estudantes interessados em práticas pedagógicas antirracistas e interseccionais.


Glenda Melo é professora da UFRJ e ministrou a oficina (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Glenda Melo é professora da UFRJ e ministrou a oficina (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

“É um congresso muito bonito, muito diverso. E esse tipo de oficina é importante porque nos permite discutir temas urgentes da sociedade e articulá-los com gênero, classe, raça e sexualidade. Na linguística aplicada, entendemos que linguagem e sociedade não estão separadas. Antes de um ataque físico, muitas pessoas já sofreram violências por meio da linguagem”, destacou a professora.

A oficina também abriu espaço para o compartilhamento de experiências e estratégias de enfrentamento a discursos excludentes em sala de aula. Segundo a mestranda Maria Aparecida Lopes da Silva, do Programa de Pós-graduação em Educação da UFS (PPGED/UFS) e monitora da oficina, a atividade foi especialmente significativa para educadores da rede básica. “Ela debate um tema muito pertinente e traz a importância da interseccionalidade para compreender os contextos de opressão. É uma oportunidade de pensar novas aprendizagens, a partir de uma perspectiva decolonial, que ajude a formar uma educação mais crítica e transformadora”, afirmou.


(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

A pesquisadora Caroline da Costa, da UFRJ, também participou como ouvinte e ressaltou a relevância da abordagem proposta. “Discutir linguagem e discurso sob uma perspectiva racial é essencial. Não se trata apenas de falar sobre as populações negra e indígena, mas de entender como a racialidade estrutura a sociedade e impacta o ensino de línguas”, observou.


Caroline da Costa é pesquisadora da UFRJ (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Caroline da Costa é pesquisadora da UFRJ (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

O 14º CBLA é promovido pela Associação de Linguística Aplicada do Brasil (Alab) em parceria com a UFS e com apoio da Capes e do CNPq. O evento, que segue até sexta-feira, 18, conta com uma programação diversificada, incluindo conferências, mesas-redondas, simpósios temáticos, oficinas, apresentações culturais e lançamentos de livros. Para acessar, clique aqui.

Ascom UFS


Atualizado em: Ter, 15 de julho de 2025, 09:13
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