
A extensão universitária é parte essencial da missão da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ao lado do ensino e da pesquisa, ela cumpre o papel de aproximar a produção acadêmica das demandas reais da sociedade, promovendo diálogo, troca de saberes e transformação social, cultural e econômica.
Na prática, isso significa que estudantes, técnicos e professores desenvolvem projetos que vão além dos muros da universidade, atuando junto a comunidades em diferentes áreas, como comunicação, cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho.
Diretrizes da extensão na UFS
O funcionamento da extensão universitária na UFS é orientado por duas normativas centrais. A primeira delas é a Resolução nº 47/2019/CONEPE, que estabelece as diretrizes gerais da extensão. Ela define a extensão como um processo interdisciplinar, político-educacional, cultural, científico e tecnológico, fundamentado no intercâmbio entre universidade e sociedade.
Entre seus princípios, estão:
A promoção do diálogo e da complementaridade entre os saberes;
A formação de profissionais cidadãos capazes de atuar sobre demandas sociais;
O estímulo à vivência social, política e profissional de docentes, discentes e técnicos;
O desenvolvimento de tecnologias sociais e ambientais que contribuam para a sustentabilidade e a inovação.
A resolução também reforça a importância da articulação da extensão com o ensino e a pesquisa e define as modalidades em que ela pode se concretizar: programas, projetos, cursos e oficinas, eventos e prestação de serviços. Exemplos disso são as ligas acadêmicas e as empresas juniores, que integram o rol de atividades extensionistas registradas na universidade.
Curricularização da extensão
Já a Resolução nº 28/2022/CONEPE regulamenta a chamada curricularização da extensão, garantindo que parte da carga horária de todos os cursos de graduação seja dedicada a atividades extensionistas.
Esse passo atende à legislação federal e fortalece o caráter formativo da extensão, que passa a ser vivenciada de forma estruturada nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC). A resolução destaca princípios como:
A interação dialógica entre comunidade acadêmica e sociedade;
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
O impacto sobre a formação discente, por meio da reflexão crítica e da vivência prática;
O impacto social, com a transformação tanto da universidade quanto dos setores atendidos pelas ações.
A coordenadora de Extensão (Caex/UFS), professora Nelmires Ferreira da Silva, ressalta que essa dimensão teórico-prática da formação profissional articula o conhecimento científico aos saberes e às vivências cotidianas, sempre sob uma perspectiva dialógica e cidadã.
Para a pró-reitora de Extensão e Cultura (Proex/UFS), professora Josefa Lisboa, mais do que cumprir uma exigência legal, a curricularização reforça o compromisso social da UFS. Ao integrar a extensão à formação acadêmica, a universidade amplia as possibilidades de aprendizado e estimula a construção de soluções conjuntas para os desafios da sociedade.

“A extensão é o elo entre universidade e sociedade, levando conhecimento aliado à escuta ativa. As comunidades precisam ser protagonistas do processo, não apenas receptoras. É nesse diálogo que a extensão transforma realidades e atende demandas concretas”.
Brunna Martins - Ascom UFS