Qui, 11 de setembro de 2025, 11:00

Extensão universitária: transformação dentro e fora da UFS
Extensão promove diálogo com a sociedade e fortalece a formação cidadã, cultural e profissional de estudantes
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
(Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

A extensão universitária é parte essencial da missão da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ao lado do ensino e da pesquisa, ela cumpre o papel de aproximar a produção acadêmica das demandas reais da sociedade, promovendo diálogo, troca de saberes e transformação social, cultural e econômica.

Na prática, isso significa que estudantes, técnicos e professores desenvolvem projetos que vão além dos muros da universidade, atuando junto a comunidades em diferentes áreas, como comunicação, cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho.

Diretrizes da extensão na UFS

O funcionamento da extensão universitária na UFS é orientado por duas normativas centrais. A primeira delas é a Resolução nº 47/2019/CONEPE, que estabelece as diretrizes gerais da extensão. Ela define a extensão como um processo interdisciplinar, político-educacional, cultural, científico e tecnológico, fundamentado no intercâmbio entre universidade e sociedade.

Entre seus princípios, estão:

  • A promoção do diálogo e da complementaridade entre os saberes;

  • A formação de profissionais cidadãos capazes de atuar sobre demandas sociais;

  • O estímulo à vivência social, política e profissional de docentes, discentes e técnicos;

  • O desenvolvimento de tecnologias sociais e ambientais que contribuam para a sustentabilidade e a inovação.

A resolução também reforça a importância da articulação da extensão com o ensino e a pesquisa e define as modalidades em que ela pode se concretizar: programas, projetos, cursos e oficinas, eventos e prestação de serviços. Exemplos disso são as ligas acadêmicas e as empresas juniores, que integram o rol de atividades extensionistas registradas na universidade.

Curricularização da extensão

Já a Resolução nº 28/2022/CONEPE regulamenta a chamada curricularização da extensão, garantindo que parte da carga horária de todos os cursos de graduação seja dedicada a atividades extensionistas.

Esse passo atende à legislação federal e fortalece o caráter formativo da extensão, que passa a ser vivenciada de forma estruturada nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC). A resolução destaca princípios como:

  • A interação dialógica entre comunidade acadêmica e sociedade;

  • A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

  • O impacto sobre a formação discente, por meio da reflexão crítica e da vivência prática;

  • O impacto social, com a transformação tanto da universidade quanto dos setores atendidos pelas ações.

A coordenadora de Extensão (Caex/UFS), professora Nelmires Ferreira da Silva, ressalta que essa dimensão teórico-prática da formação profissional articula o conhecimento científico aos saberes e às vivências cotidianas, sempre sob uma perspectiva dialógica e cidadã.

Para a pró-reitora de Extensão e Cultura (Proex/UFS), professora Josefa Lisboa, mais do que cumprir uma exigência legal, a curricularização reforça o compromisso social da UFS. Ao integrar a extensão à formação acadêmica, a universidade amplia as possibilidades de aprendizado e estimula a construção de soluções conjuntas para os desafios da sociedade.


Josefa Lisboa é pró-reitora da Proex/UFS (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)
Josefa Lisboa é pró-reitora da Proex/UFS (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)

“A extensão é o elo entre universidade e sociedade, levando conhecimento aliado à escuta ativa. As comunidades precisam ser protagonistas do processo, não apenas receptoras. É nesse diálogo que a extensão transforma realidades e atende demandas concretas”.

Brunna Martins - Ascom UFS


Atualizado em: Qui, 11 de setembro de 2025, 16:27