Ter, 21 de outubro de 2025, 17:30

Flagras: Festival Livre de Artes Gráficas Sergipanas acontece na UFS
Festival reúne artistas, estudantes e comunidade em uma celebração criativa que mistura formação, experimentação e festa
Oficina Estampidos Estampados: Experimentação Gráfica em Tecidos (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom)
Oficina Estampidos Estampados: Experimentação Gráfica em Tecidos (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom)

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebe, até o próximo sábado, 25 de outubro, parte da programação do Festival Livre de Artes Gráficas Sergipanas (Flagras), o primeiro evento do estado dedicado a reunir e provocar a cena das artes gráficas locais.

De oficinas e mentorias a rodas de conversa e apresentações culturais, o festival ocupa múltiplos espaços da cidade e da universidade, afirmando a força das linguagens visuais e das redes de colaboração que fazem pulsar a arte sergipana.


Artista e ministrante da oficina Kelly Nascimento (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)
Artista e ministrante da oficina Kelly Nascimento (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)

Entre as atividades que tomam vida nos laboratórios do Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD/UFS), está a oficina Estampidos Estampados: Experimentação Gráfica em Tecidos, conduzida pela artista Kelly Nascimento. Durante três dias, os participantes experimentam técnicas de estamparia artesanal, transformando tecidos em campo de expressão e diálogo coletivo.

“Trabalhar com o sensível é sempre político. A oficina não é só sobre técnica, é sobre o encontro. Sobre ver o processo como espaço de criação compartilhada”, destacou Kelly.


Raiane Santos, doutoranda em Sociologia (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)
Raiane Santos, doutoranda em Sociologia (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)

Enquanto isso, do outro lado na perspectiva de Kely, tem Raiane Santos, doutoranda em Sociologia, que participa da atividade e conta como foi flagrada pelo festival, que surgiu como um respiro criativo no meio do processo intenso de escrita para sua tese: “Estou na reta final do doutorado e precisava desacelerar o mental. Aqui encontro o manual, o gesto, a pausa. É uma maneira de me reconectar, pensar em outras coisas, estar em movimento.”, contou.


Técnico do DAVD, Romário Silva e idealizadora do Flagras, Alma Rô (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)
Técnico do DAVD, Romário Silva e idealizadora do Flagras, Alma Rô (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)

O técnico audiovisual Romário Silva, que coordena a parceria entre o festival e o DAVD/UFS, destaca que o evento tem mobilizado toda a comunidade acadêmica do curso de Artes Visuais e Design, com apoio institucional importante. Segundo ele, “essa articulação mostra o quanto a universidade pode se abrir para a cidade e para a cultura contemporânea, criando pontes reais entre ensino, extensão e as políticas públicas de fomento à arte”.

Fruto desta última onda de produções artística provocada pelas leis de incentivo à cultura como a Lei Paulo Gustavo e PNAB - Aldir Blanc, o festival reforça, mais uma vez, a importância desse tipo de fomento para o desenvolvimento social dentro e fora da academia.


Alma Rô, umas das idealizadoras do Flagras (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)
Alma Rô, umas das idealizadoras do Flagras (Foto: Janaína Cavalcante/Ascom UFS)

Idealizado por Alma Rô e Layla Bomfim, aliadas a uma rede de artistas e coletivos independentes, o Flagras nasce da urgência de fortalecer o ecossistema gráfico local, ampliando o acesso à formação e circulação de obras. “Queríamos que o festival fosse livre no sentido mais bonito da palavra: livre para experimentar, para errar, para se encontrar. A parceria com a UFS reforça essa vocação extensionista da universidade, que deve ser também palco de outras experiências para qualquer pessoa aberta e curiosa por arte”, contou Alma.

O Flagras se espalha pelas extensões da cidade e se encerra neste sábado, 25 de outubro, em que ocorre das 10h às 22h, no Centro de Criatividade, com uma programação intensa e plural: ateliês abertos, oficinas, feira de artes gráficas, rodas de conversa e apresentações culturais com Descidão dos Quilombolas, Centaura, Oduma, DJ Ten$$4, projeções com Sarah Haby, além de live printing com o Wendell Campos.

O Flagras é uma ideia pega no ato. Um segundo no espaço tempo que pode mudar tudo. Um movimento. Um algo julgado banal que se transforma em invenção e memória. Não deixe de conferir.

Você pode consultar a programação completa no perfil do festival nas redes sociais @somosflagras.

Ascom UFS


Atualizado em: Qua, 22 de outubro de 2025, 09:49
Notícias UFS