Cerca de 1,4 mil docentes de todas as regiões de Sergipe estão presentes nesta sexta-feira, 24, no Centro de Vivência da Universidade Federal de Sergipe (UFS) para o Encontro Estadual sobre Currículo, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), em parceria com a UFS.

O evento é uma síntese da formação continuada para professores das escolas públicas da rede estadual e das redes municipais, ministrada por docentes da UFS e da rede estadual. Estudantes de cursos de licenciatura da instituição também participaram.

“O Encontro discute os desdobramentos das mudanças curriculares impostas pelas reformas do MEC, com interferência de fundações privadas, que impactam no fazer pedagógico dos/as professores/as, na sua saúde e na aprendizagem dos estudantes”, informou a pró-reitora de Extensão da UFS, Josefa Lisboa.

A professora do Departamento de Educação (DED/UFS), Simone Tereza, informou que a UFS também assumiu o papel de mediar as oficinas. “A UFS se engajou nesse evento com docentes do Departamento de Educação e de Letras Libras. Essas oficinas foram divididas em cinco eixos e nós discutimos o cotidiano, os desafios que as professoras e os professores têm enfrentado em sala de aula para desenvolver sua prática pedagógica”.

Roberto Silva também destacou os desafios enfrentados pela classe: “A gente entende que é um momento importante para a educação, o início de um processo, porque para nós a universidade pode contribuir muito para superar os desafios que a educação básica vive nesse momento, que é de um processo de adoecimento dos professores, de assédio moral ao fazer pedagógico, de combate ao fazer pedagógico do professor, quando este é um processo intelectual orgânico que está sendo combatido para priorização das chamadas avaliações externas”, enfatizou.

Durante a tarde, foi lançado o Observatório Permanente da Educação Básica e reativado o Fórum Permanente das Licenciaturas. De acordo com o Sintese, o Observatório será espaço de estudos e produção científica para analisar e denunciar as políticas neoliberais que sufocam escolas, professoras e professores. Já o Fórum retomará a discussão sobre a formação inicial e continuada. Ambos são estratégicos para a criação de ferramentas políticas de articulação, resistência coletiva e aproximação entre academia e educação básica.

Ascom UFS