A 11ª Semana Acadêmico-Cultural da Universidade Federal de Sergipe (Semac/UFS) foi oficialmente aberta nesta segunda-feira, 24. Com o tema “Construindo o futuro: A universidade que somos e a que queremos”, os eventos seguem até o dia 29 de novembroem todos os campi da instituição.
+ Confira a programação completa da Semac
A Semac é o maior evento acadêmico da UFS e tem como proposta fortalecer o diálogo entre universidade e sociedade, promovendo a troca de experiências e a divulgação das diversas ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação desenvolvidas pela instituição.
Durante a abertura do evento, a vice-reitora da UFS Silvana Bretas falou sobre a importância de criar uma cultura universitária. “É esse espaço de debate que leva a universidade para o centro das discussões importantes, no plano nacional, nos planos locais e também nas questões internas, como é a própria função e o papel de uma universidade pública”.
Estudantes, professores, técnicos e a comunidade externa, durante toda a semana, poderão participar de simpósios, encontros, seminários, mostras científicas e culturais, além do Fórum das Ligas Acadêmicas, da Feira de Profissões e da apresentação das 28 empresas juniores vinculadas à universidade.
A programação foi construída por muitas mãos, mas guiada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex/UFS), chefiada pela professora Josefa Lisboa. “Que aproveitemos o máximo dessa semana para podermos evoluir e construir uma Semac melhor a cada ano, e ajudar a universidade a se fortalecer cada dia mais”.
Já a pró-reitora de Graduação (Prograd/UFS), Marta Élid, chamou atenção da comunidade acadêmica para a chance de expandir o olhar. “É uma oportunidade para que vocês conheçam outras experiências, porque quando saímos da universidade, queremos ter um olhar plural, diverso, e é isso que essa semana vem nos proporcionar, o olhar para o outro, o olhar para o conhecimento que o outro desenvolve, a verdadeira importância da ciência”.
É a oportunidade de alcançar outros conhecimentos que levou a estudante do segundo período do curso de Jornalismo, Marina Alves, a se engajar na Semac como ouvinte e monitora. “Minha expectativa sobre a Semac é justamente expandir meus horizontes, além do Departamento de Comunicação Social (DCOS/UFS), e poder explorar outras áreas, conhecendo novas vertentes de estudos”.
Construindo o futuro: A universidade que somos e a que queremos
O palestrante da cerimônia de abertura foi o professor João dos Reis da Silva Jr., da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que enalteceu o evento. “É um exemplo do que todas as universidades públicas do Brasil devem fazer, porque há uma troca”.
Durante a palestra, que focou no tema central da Semac, o professor falou sobre o seu livro recém-lançado: ‘A Universidade Inacabada - Razão e Precariedade’, que ressalta como a reforma administrativa ressalta as crises nas instituições.
“O Brasil é um país dependente e produziu, desde o regime colonial, um binômio, uma razão dualista: excelência para poucos e precarização para o resto da sociedade. Considerar essa razão dual nos permite compreender a universidade no Brasil. Eu levanto a hipótese e comprovo que em nenhum momento a educação na escola e na universidade, com a formação do aluno para a cidadania e para o trabalho, foi prioridade. A prioridade sempre se pôs na estabilização da racionalidade do Estado”, disse.
A programação de abertura ainda incluiu atos do espetáculo “A Elza que vi”, apresentados pelo Grupo Alma Africana, do Centro de Excelência Nelson Mandela, homenageando a vida e trajetória da cantora negra brasileira Elza Soares, que também atuou no combate ao racismo, ao machismo e à LGBTfobia.

Ascom UFS
