A iniciativa do departamento de Nutrição atende duas creches filantrópicas de Aracaju

A tarde desta quarta-feira, 11, foi bastante produtiva para os alunos da creche Casa Maternal Amélia Leite. Crianças do maternal - de 3 a 6 anos de idade - vieram à Universidade Federal de Sergipe participar de uma oficina de culinária, ação desenvolvida pelo Projeto Nutrir-SE, do departamento de Nutrição. A oficina aconteceu no Laboratório de Técnica e Dietética.

Confira o álbum de fotos do evento.

Com a ajuda de nutricionistas e bolsistas do projeto, as crianças aprenderam receitas fáceis com alimentos selecionados pela equipe do Nutrir-SE. Segundo a nutricionista Jamile Mendonça Reinaldo, que faz parte do apoio técnico, a mandioca, a laranja, a abóbora e a couve foram os alimentos escolhidos. “Eles são produzidos na região e tem um preço acessível, possibilitando as famílias fazerem as receitas em casa”, explicou Jamile.

Animadas, as crianças ajudaram a preparar bolo de abóbora, pãezinhos de macaxeira e suco de couve com laranja, chamado “suco da horta”. A coordenadora da creche, Iêda Santos Nery, ao observar a animação das crianças, lembra da mudança no hábito alimentar delas. “As meninas do projeto dão muita força pra gente. Hoje as crianças aprenderam a gostar da abóbora, da couve, e isso é bom para elas”, afirma.

Além da oficina realizada na Cidade Universitária, o Nutrir-se elabora diversas atividades nas creches assistidas pelo projeto, a Casa Maternal Amélia Leite e o Externato São Francisco de Assis, localizados no bairro Suíssa, em Aracaju. A acadêmica Damares de Jesus Almeida está no quinto período de Nutrição e é bolsista do projeto. Para ela, é gratificante o trabalho com as crianças. “É prazeroso vê-las felizes por participarem das nossas ações. Elas já reconhecem os alimentos e isso é muito gratificante”, diz.

O Projeto

O “Nutrir-SE nas escolas: dos sabores e saberes da alimentação regional de Sergipe” é um projeto de pesquisa com ações de extensão coordenado pela chefe do departamento de Nutrição, a professora doutora Danielle Goes da Silva. Financiado pela CNPq, o projeto conta hoje com duas nutricionistas e seis bolsitas, além de alunos voluntários.

A iniciativa tem como objetivo a valorização e o consumo de alimentos produzidos na região. Além da oficina, o projeto também desenvolve ações nas creches como feiras, cultivo de hortas, teatros de fantoches e exibição de filmes.

O projeto começou em 2014 e tem duração de um ano. A professora Danielle analisa o trabalho desenvolvido: “O trabalho vai de encontro com uma demanda nacional. Pesquisas revelam que vem diminuindo muito o consumo de alimentos regionais. Além do envolvimento com as crianças, fazemos capacitação com as professoras e também desenvolvemos um trabalho com os pais. No início, muitos deles não conheciam a couve, agora já há uma aceitação por parte deles,” explica. A proposta é que os resultados do projeto sejam expostos no congresso da Abrasco (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), que acontece de julho a agosto de 2015, em Goiânia.

Ascom

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Marcos Pereira (Bolsista)

Marcílio Costa (Jornalista)

Shirlene Reis (Fotos)