Saber Ciência /Janaina Cardoso de Mello
08/06/2010
O “Mouseion” ou a “Casa das Musas”, como foi concebido na Grécia Antiga, enquanto local de pesquisa e templo de contemplação, cedeu espaço na contemporaneidade à perspectiva do “Museu Social” como lugar de recuperação do patrimônio cultural material e imaterial, campo da interdisciplinaridade com as humanidades e também com a ciência física, química, biológica, matemática e tecnológica onde a sociedade visita, descobre novos conhecimentos e interage com suas exposições. (Cadernos de Sociomuseologia, nº11, Lisboa: ULHT, 1998).
O Herbário (ASE), foi criado em 1976, situando-se no Departamento de Biologia da UFS, Campus São Cristóvão. O Herbário constitui-se como um “Museu da Biodiversidade” com um acervo com aproximadamente 12.000 espécimes provenientes do litoral e da caatinga, em especial da região da Serra de Itabaiana. Atualmente está sob a curadoria da Profa. Ana Paula Prata. O site do herbário pode ser acessado no link: http://www.ufs.br/museus/herbario. Sendo parte do acervo disponibilizado através do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria) no site: http://splink.cria.org.br.
O Museu do Homem Sergipano (Muhse) foi aberto ao público em 1996, tendo em suas instalações na Rua de Estância nº 228, em Aracaju, uma exposição de longa duração dedicada ao homem sergipano baseada no livro “Textos para a História de Sergipe” publicado pelos departamentos de História e Ciências Sociais, contando ainda com material do PAX - Projeto Arqueológico Xingó, retratando a pré-história de Sergipe. Possui exposições temporárias, itinerantes e projetos de educação patrimonial junto às escolas. Atualmente é dirigido pela Profa. Verônica Nunes do Núcleo de Museologia, UFS, Campus Laranjeiras. Mais dados no site: http://www.ufs.br/museu/index.html.
O Museu de Arqueologia de Xingó (MAX) foi criado em 2000 no sertão sergipano do São Francisco, no caminho dos canyons, com uma exposição de longa duração, que segundo a Profa. Verônica Nunes, compilava os resultados de pesquisas arqueológicas realizadas na década de 1980 – quando da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó – tendo como eixo o homem do Xingó. Buscou-se a musealização (procedimentos de preservação e comunicação ao público) das coleções lítica, cerâmica, esqueletos humanos e restos de fauna recolhidos durante o salvamento arqueológico (Museu de Arqueologia do Xingó: nota sobre o discurso expositivo. Canindé, Xingó, dez.2001). Atualmente é dirigido pelo Prof. Dr. Albérico Nogueira de Queiroz, do Núcleo de Arqueologia da UFS, Campus Laranjeiras. Maiores informações no site: http://www.max.org.br/index-800.asp.
O Museu de Anatomia foi inaugurado em janeiro de 2009, no Departamento de Morfologia da UFS, Campus São Cristóvão, sendo nomeado “Museu de Anatomia Humana Prof. Dr. Osvaldo da Cruz Leite”. Em 1998 estava cadastrado como projeto de extensão, sendo coordenado desde 2000 pela Profa. Tânia Andrade Rodrigues. A reestruturação do espaço em normas específicas foi organizada pelos professores de Museologia Verônica Nunes e de Medicina José Arnaldo Palmeira. Com um acervo composto por fetos, crânios, ossos e outras partes do corpo humano o local é também um laboratório de estudos, pesquisas e difusão de conhecimentos sobre a área da saúde.
Aliando os avanços dos processos de ensino-aprendizagem com a pesquisa, a comunidade acadêmica da UFS apresenta à comunidade extramuros projetos para socialização de um conhecimento que é de todos.
Doutora em História Social (UFRJ); Professora Adjunta I do Núcleo de Museologia UFS e Coordenadora do GEMPS/CNPq.