Sex, 11 de maio de 2018, 10:10

Museu de Arqueologia de Xingó realiza exposição no hall da Reitoria, no campus de São Cristóvão
Mostra fica até 30 de maio e depois segue para outros campi
Exposição itinerante é intitulada “Xingó: 9.000 anos de ocupação humana e Paleontologia sergipana”. (fotos: Schirlene Reis/Ascom-UFS)
Exposição itinerante é intitulada “Xingó: 9.000 anos de ocupação humana e Paleontologia sergipana”. (fotos: Schirlene Reis/Ascom-UFS)

Buscando democratizar as descobertas da Arqueologia sergipana, o Museu de Arqueologia de Xingó (MAX) está realizando desde ontem, 9, a exposição itinerante “Xingó: 9.000 anos de ocupação humana e Paleontologia sergipana”. No hall da reitoria do campus de São Cristóvão, alunos, servidores e comunidade externa têm a oportunidade de conhecer mais sobre a origem da vida e da cultura produzida pelo homem milhões de anos atrás.

Veja as fotos da mostra.

A exposição, que segue até o dia 30 de maio, faz parte da programação dos 50 anos da UFS e percorrerá todos os campi nos próximos meses, levando uma parte do acervo que o MAX mantém em sua sede, localizada em Canindé de São Francisco.

Thaís Vaz Sampaio, museóloga do MAX, acredita que essa exposição, além de atingir a comunidade de forma mais abrangente, é uma maneira efetiva de desmistificar a ideia segundo a qual a Arqueologia e a Paleontologia são a mesma área de conhecimento.

“Aqui no campus de São Cristóvão estamos conseguindo atingir um público interno grande, fazendo com que os funcionários saibam da existência do museu e sua importância para a UFS”, diz. “Na linha do tempo é possível visualizar a origem de toda a vida na terra e só no finalzinho conseguimos ver nossa inserção dentro desse período; é aí que começamos a entender que a Paleontologia e a Arqueologia, embora pareçam iguais, diferem”.


Ao lado da bolsista do MAX Sandra Nunes (dir.), a museóloga Thaís Sampaio diz que  a exposição é  uma maneira de desmistificar a ideia segundo a qual a Arqueologia e a Paleontologia são a mesma área.
Ao lado da bolsista do MAX Sandra Nunes (dir.), a museóloga Thaís Sampaio diz que a exposição é uma maneira de desmistificar a ideia segundo a qual a Arqueologia e a Paleontologia são a mesma área.

Entre as diferenças, Elaine Alves de Santana, arqueóloga do MAX, afirma que a mais notável é que, enquanto a Arqueologia trabalha com uma perspectiva mais voltada para os vestígios culturais de produção humana, produzidos ou transformados pelo homem, a Paleontologia trata de estudar os organismos vivos, desde sua origem, ao longo do tempo.

“Nós esclarecemos as diferenças entre essas duas ciências e o ponto que elas podem ter em comum. Durante a exposição é possível ver que temos alguns bivalves que foram transformados pelo homem em artefatos, em adornos, e em outra parte da exposição já temos essa mesma estrutura fossilizada”, conta.

Na exposição ainda é possível ver de perto a estrutura de uma caverna com a simulação tanto do material arqueológico (restos humanos e de materiais e vestígios produzidos pelo homem) quanto paleontológicos. A maquete foi produzida pelos alunos do Colégio de Aplicação da UFS (Codap).

Experiências


A Arqueologia é mais voltada para os vestígios culturais ao passo que a Paleontologia trata de estudar os organismos vivos ao longo do tempo.
A Arqueologia é mais voltada para os vestígios culturais ao passo que a Paleontologia trata de estudar os organismos vivos ao longo do tempo.

Participar da exposição como guia é uma oportunidade que a estudante Sandra Nunes só consegue descrever com uma palavra: gratidão. Aluna do 7º período do curso de Arqueologia e bolsista no MAX, Sandra explica que a divulgação é uma das partes do trabalho de que mais gosta.

“O trabalho do arqueólogo tem várias etapas: o campo, o laboratório e essa parte da divulgação. Essa é uma parte que me interessa e me agrada, porque é esse conhecimento arqueológico chegando até o público, somos nós levando esse conhecimento para as pessoas”, afirma.

José Márcio, estudante de Geografia, saiu satisfeito da exposição. Enquanto fala sobre a importância de ter contato com esse conhecimento, seus olhos percorrem atentos os detalhes trazidos pelo MAX.

“Nós temos uma riqueza imensa e isso geralmente é difícil de ser acessado e precisa ser divulgado e ter uma abrangência maior. Acho que a UFS deveria investir mais nessas iniciativas e levar essa exposição para a comunidade. Aqui você consegue ver a História, o processo tanto geográfico quanto geológico. É uma exposição muito rica”, conta.

UFS 50 anos


UFS completa 50 anos em 15 de maio com solenidade no Teatro Tobias Barreto.
UFS completa 50 anos em 15 de maio com solenidade no Teatro Tobias Barreto.

A Universidade Federal de Sergipe completa, na próxima terça-feira, dia 15 de maio, 50 anos. A comemoração será marcada pela apresentação da orquestra sinfônica e do coro, que realizam um concerto, às 19h, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, com repertório que inclui Orazio Vecchi, Mozart, Rogério, com "Sergipe é o país do forró", Dominguinhos e ainda um tributo a Luiz Gonzaga. Serão homenageados diversos nomes que fizeram parte da história da UFS.

Confira a programação completa aqui.

Sobre o MAX

O Museu de Arqueologia de Xingó, inaugurado em abril de 2000, surgiu como uma estratégia para permitir a manutenção da pesquisa e a preservação do patrimônio arqueológico do Baixo São Francisco, resultante do salvamento arqueológico realizado pela UFS de 1988 a 1997.

A organização estrutural do MAX é constituída pela Administração Central, pelos Laboratórios de Pesquisa Arqueológica e Reserva Técnica, pelo Sítio Escola e pela Unidade de Exposições, que dá corpo e sentido ao MAX, situado no município de Canindé de São Francisco.

Visite a página do MAX.

Ronaldo Gomes (bolsista)

Luiz Amaro

comunica@ufs.br


Atualizado em: Sex, 11 de maio de 2018, 10:53

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