Seg, 29 de abril de 2019, 10:50

Violência doméstica perpetrada por parceiros íntimos? Vamos mudar este curso....
Claudiene Santos

Calourxs,

A violência contra as mulheres, perpetrada por parceiros íntimos, em especial no âmbito doméstico, é uma triste realidade em nosso país. A naturalização e o não reconhecimento de práticas de violência, vinculados à cultura machista, (ainda!) faz valer a ideia de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Esta situação leva muitas mulheres ao silenciamento sobre esta questão, por inúmeras razões: medo, vergonha, desconhecimento de onde buscar auxílio, rede social precária, falta de apoio, dentre outras.

Tentativa de separação e inconformidade, ciúme e controle, uso abusivo de substâncias entorpecentes são algumas das motivações utilizadas para justificar agressões verbais, físicas, psicológicas, morais e patrimoniais.

A lei 11340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, surgiu para interromper o ciclo de violência, ao permitir que mulheres possam denunciar (ex)companheiros e (ex) companheiras, pedir medidas protetivas e, desta forma, acessar a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, além da responsabilização dos autores(as) da agressão, por meio de programas que lhes permitam refletir sobre seus atos, rever suas crenças e valores e, mudar atitudes.

Em Aracaju, temos a Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis/DAGV e, em todo o Brasil, o disque 180. Na Universidade Federal há vários grupos de pesquisa que, conjuntamente com organizações governamentais e não governamentais, buscam intervir em prol do fim da violência contra as mulheres, seja no Ensino, Pesquisa e Extensão, além de mobilização social.

É preciso romper o ciclo da violência e, ações e intervenções dos diversos setores da sociedade são necessárias. Todxs somos interpeladxs a agir para coibir quaisquer atos de violência. Dessa forma, estamos tecendo a rede de enfrentamento às violências contra as mulheres e convidamos vocês para fazerem parte dessa luta!

Estamos juntxs e vamos mudar o curso desta história e “acalorar” a Universidade !

Claudiene Santos é professora do Departamento de Ciências Biológicas.


Atualizado em: Seg, 29 de abril de 2019, 10:57
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