Ter, 23 de março de 2021, 11:36

Projeto da UFS atua remotamente em Umbaúba durante a pandemia
Grupo produziu material informativo sobre saúde e cultura para a população

Distante 97 km de Aracaju, Umbaúba é mais um município sergipano contemplado por uma ação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Coordenado pela professora Sueli Pereira, do Departamento de Secretariado Executivo, o projeto de extensão tem como finalidade a produção de materiais informativos culturais e sobre saúde para disponibilizar para os jovens. A iniciativa é realizada por meio de uma parceria com a Associação Sergipana de Desenvolvimento Comunitário e Resgate da Cidadania (Asdecrac), que já desenvolvia atividades semelhantes no município.

O grupo de apoio do projeto realizou encontros virtuais no quais foi produzido material informativo, virtual sobre a cena cultural local e sobre aspectos de saúde (prevenção e higiene) nos formatos de vídeos, textos e peças visuais como cards e banners aliados à criação de redes sociais e de um podcast para publicizar as ações da associação.

A Asdecrac surgiu a partir das atividades prestadas pelo presidente José Alves nas localidades carentes de Umbaúba. As primeiras ações envolviam a distribuição de alimentos e produção de sopas coletivas. Com o passar dos anos, a associação também passou a oferecer cursos e atividades socioeducativas. Sendo reconhecida juridicamente em junho de 2005, são mais de 15 anos de atuação. A instituição se tornou uma ferramenta muito forte no combate à desigualdade social por realizar atividades de cunho educativo, social e cultural, principalmente entre os jovens.


Antes da pandemia, a oficina de pintura foi umas das primeiras ações realizadas pela associação. (fotos: Arquivo pessoal)
Antes da pandemia, a oficina de pintura foi umas das primeiras ações realizadas pela associação. (fotos: Arquivo pessoal)

O primeiro contato do projeto da UFS com a associação surgiu por intermédio do aluno de Secretariado Executivo, Marcos Venicius. O estudante conta que, antes da pandemia, a ideia inicial seria produzir e promover atividades presenciais relacionadas à cultura e saúde no munícipio. O foco principal do projeto são os jovens por conta dos índices de desemprego e pela realidade da cidade, que não oferece muitas possibilidades para essa faixa etária.

E com o interesse da Asdecrac em ampliar a disponibilidade de cursos profissionalizantes e outras atividades para a população, veio a oportunidade de aproximação com o projeto de extensão da UFS. O estudante afirma que, enquanto aluno, foi uma experiência bastante proveitosa promover a “ponte que conectou a universidade ao trabalho de José” e que não pensou duas vezes antes de levar o projeto, junto com outros colegas, até a professora Sueli.

"A UFS chegou para fortalecer e orientar a caminhada da Asdecrac, pois tem a teoria e muitos profissionais qualificados para apresentar propostas acadêmicas e caminhos para projetos sociais concretos de acordo com as necessidades da população local. Nós queremos e desejamos que essa ligação se estenda por muitos anos, com muitas ações para atender o maior número de umbaubenses”, afirma o presidente da associação.

A importância da extensão universitária

A ligação entre os moradores da localidade e a UFS já apresenta resultados. É o que conta um dos jovens beneficiados, Ronildo Damacena. “A partir da orientação e estímulo, procurei uma escola e estou concluindo o ensino fundamental”.


Reuniões com a comunidade de Umbaúba seguem de forma remota
Reuniões com a comunidade de Umbaúba seguem de forma remota

A experiência proporcionada pela iniciativa contribuiu positivamente para a comunidade. “Foi um projeto que agregou bastante ao meu lado profissional. Acredito também que, pelo fato de ser multidisciplinar, contribuiu para levar vários tipos de conhecimento à sociedade”, afirma a professora do Departamento de Enfermagem, Rosemar Mendes.

Outro depoimento enriquecedor parte do aluno do curso de Publicidade e Propaganda, Allan Roberto Vasconcellos. “O projeto me mostrou a real capacidade que a UFS tem de mudar a vida das pessoas. Nesse período de tempo que passei junto ao projeto de extensão com a professora Sueli, aprendi que tem muita gente boa por aí com muita fé e força de vontade. Entendi um pouco melhor sobre como uma ONG funciona e vi com meus próprios olhos a importância do trabalho voluntário para o bem da sociedade. Sinto-me como um agente ativo da UFS depois dessa experiência”, conclui o estudante.

Rivandson Teles

Bolsista Proex


Atualizado em: Ter, 23 de março de 2021, 12:12
Notícias UFS