Ter, 29 de março de 2022, 14:13

Projeto do Departamento de Medicina Veterinária da UFS leva orientações técnicas a criadores de ruminantes domésticos
Ideia é conhecer a real situação sanitária de 10 municípios sergipanos

No Departamento de Medicina Veterinária, o professor Mauro Melo coordena um projeto de extensão que analisa as doenças de impacto econômico que acometem ruminantes domésticos, levando aos criadores as orientações técnicas necessárias para o manejo correto dos animais. Iniciada em dezembro de 2021, a iniciativa busca conhecer a real situação sanitária dos municípios de Lagarto, Poço Redondo, Itabaiana, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Tobias Barreto, Itabaianinha, Moita Bonita, Porto da Folha e Simão Dias.

O professor explica que a ideia surgiu a partir do interesse de dois alunos em participar de alguma ação. E com a retomada das atividades presenciais, o docente percebeu que seria, então, um bom momento para iniciar as atividades.


Fotos: Arquivo pessoal
Fotos: Arquivo pessoal

“Participo todos os anos de projetos junto a UFS, como coordenador ou colaborador. Com a pandemia e consequentemente a suspensão das atividades presenciais, ficamos impossibilitados de executarmos a atividade de extensão. Mas o retorno das atividades presenciais e o interesse dos alunos em participar nos motivou a submeter este projeto”, conta Mauro.

Intitulado de “Doenças de impacto econômico que acometem ruminantes domésticos de acordo com os programas de saúde animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no estado de Sergipe", o objetivo também é identificar a problemática da comunidade, procurando estratégias de ação para o desenvolvimento de programas de educação transformadora, e oferecer orientações técnicas aos criadores com intuito de corrigir erros no manejo animal que interfira na sanidade do rebanho.


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E a partir da orientação técnica correta, a expectativa é que mortes animais de recém-nascidos devido à falta de cuidados seja reduzida, como durante a cura do umbigo e a ingestão do colostro. Ainda de acordo com o professor Mauro, o custo com o tratamento de algumas doenças inviabiliza o manejo de diversos animais pecuários.

“Informação sobre diversas doenças que acometem os ruminantes domésticos pode contribuir de forma positiva no crescimento da pecuária de Sergipe porque o diagnóstico sistemático permite o conhecimento da ocorrência e epidemiologia das doenças, o que é imprescindível para estabelecer medidas adequadas de controle e profilaxia. Os criadores, em sua maioria, são de bovinos mestiços que sobrevivem da comercialização de carne, leite e derivados, mas grande parte desses criadores não conseguem informar os dados sanitários do rebanho e não têm condições para custear a assistência técnica de médico veterinário. A questão é justamente que as condições precárias quanto à tecnologia e aos baixos índices de produtividade estão associadas à falta de informações, impactando negativamente nessas atividades agropecuárias, inibindo a expansão”, explica o docente.


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No total, então envolvidos no projeto cinco professores e cinco alunos. Lucas Farias é estudante do curso de Medicina Veterinária do campus de São Cristóvão da UFS e está no projeto desde o início. “As atividades extracurriculares são importantíssimas para nossa formação, dentre elas os projetos de pesquisa ou extensão. No caso do projeto em questão, a vivência com os produtores nos traz um olhar mais fidedigno da realidade que iremos encontrar quando estivermos trabalhando no campo. Todos têm a ganhar com a experiência que o projeto tem nos passado”, explica Lucas.

Verônica Soares – bolsista

Letícia Nery – Ascom UFS

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Ter, 29 de março de 2022, 14:16
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