
A ideia de cultivar mogno africano para obter madeira de lei a ser usada na produção de móveis, pisos, forros e outros utensílios, uniu em um workshop Maria Gabriela Gomes, Vinícius Santana, Khauê Henrique, alunos do terceiro período, e Amanda Alves dos Santos, do primeiro. Eles são quatro dentre outros muitos estudantes que participam da segunda edição do Empreenda Agro Sustentável.
O evento, que ocorre na sede da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), teve início nesta sexta, 5, buscando potencializar a visão empreendedora junto aos acadêmicos dos cursos de graduação das Ciências Agrárias da Universidade Federal de Sergipe, ajudando-os, por meio de atividades, palestras e futuras mentorias, a lapidar suas ideias com vistas a entrada no mercado.

Falando sobre temas como inovação, atitude empreendedora, pré-aceleração, aceleração, o evento conta com a parceria, dentre outros entes, do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), que ofereceu, nesta sexta, um treinamento em Lean Canvas – ferramenta para desenvolver uma ideia de negócio de forma visual – e com a presença de aceleradoras de startups.
O professor Sandro Holanda, do Departamento de Engenharia Agronômica, explica que, “nesta segunda edição, o evento está mais maduro, já temos as aceleradoras aqui, que já colocaram como prêmio, para as duas melhores equipes, um processo de aceleração – que é validar esse modelo de negócio no mercado, sabendo se ele pode, efetivamente, vir a ser uma empresa”.

“Cada vez mais está escasso o emprego público, o concurso e cada vez mais, no mercado, em voga a questão das startups e de montar o seu negócio. Então, este é um impulso que a gente quer dar para os acadêmicos: que eles saiam da universidade sabendo qual o papel deles, quanto vão cobrar por isso, qual o seu trabalho”.
É justamente essa interação que os alunos procuram. “Como todo projeto, a gente precisa daquele começo. Quando a gente não tem com quem falar, aquilo fica meio abstrato em nossa mente. Temos a expectativa de poder saber os canais de comunicação, quem é preciso procurar, ter contato com investidores, apresentar a ideia, expandir o projeto”, explica Amanda.
O evento também vem para suprir o fato de que dentro da sala de aula não se consegue o tempo necessário para desenvolver uma ideia de negócio. É o que explica uma das organizadoras, a professora Ana Paula Schervinski Villwock, do Departamento de Engenharia Agronômica.

O foco em negócios ambientalmente sustentáveis é outro ponto relevante que o evento busca evidenciar. “Não cabem mais modelos de negócio que não tenham o viés da sustentabilidade, e aqui não falando só do perfil econômico, social e ambiental, mas também territorial: por que não fazer modelos de negócios voltados para o estado de Sergipe, que é onde a universidade está?”, indaga Ana Paula.
O primeiro workshop da segunda edição do Empreenda Agro Sustentável segue até este sábado, 6 de agosto. Os próximos ocorrem em 9 e 10 de setembro, e 114 e 15 de outubro. No dia 4 de novembro está marcado o chamado Demo Day, momento em que as equipes terão a oportunidade apresentar suas ideias, já lapidadas por meio dos workshops e mentorias, a investidores.
Ascom