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Pesquisa com sensor contínuo de glicose para diabetes tipo 1 está em fase final no HU-UFS
Seg, 14 de julho de 2025, 12:17
Pesquisa com sensor contínuo de glicose para diabetes tipo 1 está em fase final no HU-UFS
Resultados preliminares indicam uma melhora significativa no controle da doença
(Foto: UCR2/ HU-UFS/Ebserh)
Uma pesquisa em andamento no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), integrante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está investigando o uso de um sensor contínuo de glicose por pacientes com diabetes tipo 1. Nesta segunda-feira, 14, o hospital recebeu o senador Alessandro Vieira (SE), responsável pela emenda parlamentar que está custeando a pesquisa.
De acordo com a superintendente do HU-UFS/Ebserh, Angela Silva, esta é uma pesquisa fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos pela doença.
“Hoje estamos prestando contas ao senador Alessandro de um projeto de pesquisa sobre diabetes tipo 1, que teve financiamento de emenda parlamentar liberada por ele para pacientes atendidos pelo Hospital Universitário da UFS. Essa é uma doença importante e que precisa de um financiamento maior, e a pesquisa vem para dar essa resposta, com nossos professores, médicos, pós-graduandos e estudantes que estão no HU, que é um campo de pesquisa, de ensino e assistência, um tripé que resulta em melhoria na saúde das pessoas”, afirmou a superintendente.
(Foto: UCR2/ HU-UFS/Ebserh)
O reitor da UFS, professor André Maurício, acompanhou a visita. “O projeto aqui desenvolvido para tratar diabetes, apoiado pelo senador Alessandro, faz parte das ações fundamentais para a Universidade Federal de Sergipe e aproveita a expertise dos nossos pesquisadores, dos nossos professores. Fico muito feliz, o senador Alessandro foi muito feliz também em trazer e ver essa perspectiva de a gente trabalhar juntos, isso faz crescer cada vez mais a nossa universidade, fazendo com que a universidade e o estado de Sergipe sejam referência no país para tratamento de diabetes e para outros tipos de enfermidades, e que a gente possa, enquanto universidade, enquanto pesquisadores, ajudar a população sergipana”, pontuou o reitor.
Relevância
A emenda, de acordo com o entendimento do senador Alessandro, vem para ajudar a garantir a saúde e produtividade do paciente. “Muito bom estar aqui hoje no Hospital Universitário, acompanhando os resultados de um programa que foi financiado por emendas parlamentares do nosso mandato. Nesse caso, atenção de saúde especializada para pacientes com diabetes tipo 1, uma questão grave de saúde, que, quando devidamente acompanhada, mantém a pessoa produtiva, saudável por todo o seu ciclo de vida, mas que sem acompanhamento resulta em doenças graves, em mortes e invalidez. Essa pesquisa vai gerar dados específicos do nosso público nordestino e mostrar a capacidade que nós temos de melhorar a qualidade dessas pessoas, a sua vida, a sua produtividade. Mais um grande serviço prestado pela Universidade Federal, por nós, sergipanos”, comentou Alessandro.
Para o deputado estadual Georgeo Passos, que fez parte das tratativas para a liberação da emenda, a ideia é utilizar amplamente o resultado da pesquisa. “A gente fica muito feliz em ver que realmente o dinheiro público está sendo bem aplicado e trazendo uma melhor qualidade de vida para esses pacientes de diabetes tipo 1. A gente espera agora continuar a buscar mais recursos para que esse programa não pare. Isso é essencial, a gente já viu aqui nas palavras das professoras, das técnicas, das responsáveis, o quanto melhorou a vida dessas pessoas, que saíram daquela ‘furadinha diária’ e estão tendo um controle muito mais eficaz da diabetes através do sensor, e os pacientes que realmente se envolveram, fizeram a sua parte, melhoraram. A gente quer transformar isso em algo muito maior. Foi uma sementinha que foi plantada, mas que a gente viu que realmente podemos fazer muito, não apenas para Aracaju, mas para todo o estado do Sergipe e, lógico, depois levar todo esse estudo para o Brasil afora”, disse o deputado.
Investigação
O estudo envolve pacientes com diabetes tipo 1, que devem tomar decisões diárias sobre suas doses de insulina, baseadas nos dados fornecidos por um sensor contínuo de glicose. A pesquisa visa entender o impacto dessa tecnologia, especialmente em relação aos pacientes do Nordeste do Brasil, onde existe uma lacuna de dados, conforme explica a médica endocrinologista Nathalie Santana, do HU-UFS/Ebserh.
“Uma preocupação inicial era se pacientes com menor nível socioeconômico e educacional conseguiriam utilizar a tecnologia de forma eficaz. O objetivo é avaliar a melhora no controle glicêmico, a redução de custos, a qualidade de vida e a diminuição da morbidade, focando em pacientes jovens e produtivos. A pesquisa utiliza sensores, tanto para assistência aos pacientes quanto para a coleta de dados científicos. O projeto é realizado em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFS e com o Departamento de Nutrição”, explicou a médica.
Ela informou que a pesquisa está em fase final, com três meses de acompanhamento intensivo, incluindo a entrega mensal de sensores, avaliações médica, nutricional e clínica geral, além do suporte de estudantes. “Os resultados preliminares indicam uma melhora significativa no controle do diabetes, superando as expectativas. Um exemplo é o caso de um paciente jovem que apresentava um controle ruim e agora demonstra um excelente controle glicêmico. A pesquisa demonstra que a tecnologia é utilizável por todos os pacientes, independentemente do nível educacional, e que a melhora observada é notável. A equipe está finalizando a consolidação dos dados para análise e publicação, com a apresentação em congressos e revistas científicas de alto impacto”, relatou Nathalie.
Como funciona
A tecnologia utilizada consiste em um sensor descartável e um leitor. A leitura da glicose pode ser feita tanto pelo leitor quanto por um celular compatível. Os leitores são considerados equipamentos permanentes pela universidade. Além de medir a glicose, os aparelhos também têm a capacidade de medir corpos cetônicos. Os sensores são descartáveis, durando 14 dias, e os pacientes, após o término do estudo, retornam ao acompanhamento regular com medições tradicionais de glicemia capilar e consultas trimestrais. Apesar do retorno ao método tradicional, os pacientes continuam utilizando as insulinas prescritas, que são mais adequadas para o diabetes tipo 1, mas com menos informações sobre o controle da doença.
Sobre a Ebserh
O HU-UFS faz parte da Rede Ebserh desde outubro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.