
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) deu início, nesta terça-feira, 7, a 16ª edição da Mostra Experimental de Artes Visuais, no Hall da Reitoria do campus de São Cristóvao. O evento apresenta 36 obras produzidas por estudantes do curso de Artes Visuais, explorando diferentes técnicas, linguagens e perspectivas sobre a arte contemporânea. A mostra, que ficará em cartaz por 25 dias, integra o calendário tradicional do Departamento de Artes Visuais (DAVD/UFS) e reafirma o papel da universidade como espaço de experimentação e formação artística.


Neste ano, a exposição foi trazida para o prédio da Reitoria como forma de ampliar o acesso do público e fortalecer o vínculo entre arte e comunidade acadêmica. “Esta edição marca uma retomada importante. A mostra sempre foi realizada [no Centro Histórico de] São Cristóvão, mas decidimos trazê-la para a Reitoria como uma forma de aproximar as produções do curso de um público mais amplo e garantir mais acessibilidade”, explica Emma Oliveira, artista não-binária, estudante de Artes Visuais e coordenador-presidente do Centro Acadêmico de Artes Visuais.
Emma destaca que a iniciativa é construída de forma coletiva, envolvendo desde a concepção das obras até a curadoria e a montagem do espaço. “Tudo é feito pelos alunos: a produção, a curadoria, a mediação e a parte técnica. É um processo que ensina tanto sobre o fazer artístico quanto sobre o bastidor das exposições. Mesmo sendo um curso de licenciatura, também cultivamos esse lado autoral e criativo que faz parte da nossa formação”, completa.

Entre as obras expostas, estão criações que abordam temas como identidade, ancestralidade, resistência e pertencimento. O artista Abel Borari, estudante do curso e integrante da comunidade indígena Borari, de Alter do Chão (PA), leva para a mostra pinturas inspiradas nas histórias e saberes de seu povo.

“Minha poética é sobre ancestralidade e natureza. Trabalho sempre a partir da minha comunidade, das nossas histórias e da forma como resistimos. Uma das obras que trago fala sobre o Guaraná e sua origem na mitologia indígena; outra aborda a pesca como base da vida nas comunidades amazônicas”, conta Abel.
Além da exposição, a programação inclui oficinas e atividades interativas conduzidas pelos próprios estudantes, promovendo trocas de experiências e práticas artísticas com o público visitante. Para quem ainda está no início da graduação, a mostra também funciona como uma vitrine inspiradora.
“É muito bom ver o que os colegas estão produzindo e perceber o quanto o curso permite explorar diferentes técnicas”, comenta Anna Luísa Silva, aluna do primeiro período. “Dá vontade de participar das próximas edições e aprender cada vez mais”.


A 16ª Mostra Experimental de Artes Visuais segue aberta à visitação no Hall da Reitoria da UFS por 25 dias, com entrada gratuita.
Ascom UFS