A Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizou nesta quinta-feira, 9, uma reunião inédita entre a Reitoria e os diretores e diretoras dos centros e campi, com o objetivo de discutir de forma conjunta a destinação do orçamento para o ano de 2026. Pela primeira vez, parte dos recursos será gerida diretamente pelas unidades acadêmicas, marcando um avanço na construção de uma gestão mais participativa e descentralizada.
De acordo com o reitor André Maurício, o encontro representa um marco na história da instituição. “Acho que é a primeira vez em que a reitoria, junto com os diretores e diretoras dos centros e campi, está debatendo o orçamento. A ideia é que 50% do capital a ser gasto em 2026 seja decidido pelas direções e os outros 50% pela reitoria. É um modelo simples, mas que inaugura uma nova etapa na forma como a universidade decide seus investimentos”, destacou o reitor.
A proposta faz parte de um processo de fortalecimento da transparência e da autonomia das unidades, permitindo que as decisões sobre as prioridades orçamentárias partam de quem está mais próximo das necessidades locais. Segundo a pró-reitora de Planejamento e Orçamento (Proplan/UFS), Fernanda Esperidião, a iniciativa também aproxima a gestão da realidade de cada centro e campus.
“Nada melhor do que ouvir quem vive o dia a dia da universidade. Mesmo com o orçamento reduzido, é importante garantir essa participação, porque assim conseguimos enxergar as reais necessidades e trabalhar com base em dados concretos e diálogo aberto”, afirmou.
Para o pró-reitor de Administração, Erickson Alcântara, o orçamento participativo traz benefícios diretos à qualidade das atividades-fim da UFS. “A ideia é dar oportunidade às direções para que decidam as prioridades em cada centro e campus. Quem está na ponta sabe o que é mais urgente; se é um ar-condicionado, um computador ou outro equipamento. Isso melhora as condições para ensino, pesquisa e extensão”, ressaltou.
O diretor do campus de Itabaiana, professor Victor Sarmento, também destacou a importância do processo para a transparência institucional. “Esse tipo de evento mostra de forma clara o quanto a universidade tem de recursos e quais são as dificuldades de gestão. Participar dessa discussão nos faz compreender melhor o funcionamento da instituição e a complexidade de administrar uma universidade pública”, afirmou.
A proposta será implementada em caráter experimental em 2026, com o compromisso de ser aprimorada nos anos seguintes, fortalecendo a participação democrática na gestão da UFS.
Ascom UFS