O Teatro Atheneu foi palco, na noite da última segunda-feira, 13, da terceira edição do UFS Mostra Arte (UMA), evento que marcou a retomada do projeto da Universidade Federal de Sergipe (UFS) dedicado a reunir e celebrar as diversas linguagens artísticas desenvolvidas na instituição. A noite foi marcada por apresentações de Dança, Circo, Teatro, Música, Artes Visuais e Design, protagonizadas por estudantes e egressos dos departamentos de Artes da UFS.
Criado em 2015, o UMA nasceu com o propósito de integrar os cursos da área de Artes e promover a difusão cultural dentro e fora dos campi. Após um período de pausa, o evento retornou com uma programação que destacou o talento e a diversidade da produção artística universitária.
Entre os destaques da noite esteve a estreia da Companhia Jovem de Dança da UFS, dirigida pelo professor Marcelo Moacyr, do Departamento de Dança (DDA/UFS), que apresentou um trecho de seu trabalho autoral.
“A UMA é um projeto que nasceu para reunir todas as linguagens artísticas da UFS. A noite é dividida em pequenos trechos dos trabalhos de dança, teatro e música. Cada área tem cerca de 20 minutos de apresentação, o que permite mostrar a diversidade e o talento dos nossos alunos e professores”, explica o professor Marcelo, idealizador, produtor e diretor do evento.
O professor Fabiano Zanini, do Departamento de Música (DMU/UFS), que abriu a programação com uma apresentação de violão, destacou a relevância do projeto para a valorização do que é produzido na universidade.
“Essa mostra nasceu a partir do empenho hercúleo do Marcelo Moacyr, sem o qual nada disso seria possível. Precisamos dar visibilidade ao que é produzido na UFS. Com essa mostra, a sociedade pôde conhecer um pouco do que fazemos com profissionalismo, rigor, amor e, principalmente, esperança de que juntos podemos construir um Sergipe melhor, um Brasil com mais arte e cultura”, afirmou.
A programação também contou com a exposição “Ecos da Formação em Artes Visuais: produções de discentes e egressos - DAVD”, além de apresentações da Escola de Dança da UFS, do Coletivo de Circo Para Todos da UFS, do Coro da UFS (Corufs), da Orquestra de Câmara da UFS (Camerufs) e de discentes do Departamento de Teatro (DTE/UFS), que encenaram as peças “A Casa de Bernarda Alba” e “Os Mamutes”.
Para a professora Maicyra Silva, do Departamento de Teatro (DTE/UFS), o evento representa uma oportunidade de integração entre cursos que, na rotina acadêmica, atuam de forma dispersa.
“A UMA é uma chance de concentrar e dar visibilidade ao que se produz em artes na UFS. Como os cursos estão em espaços e departamentos diferentes, muitas vezes não há esse diálogo entre teatro, dança, música e artes visuais. O evento permite enxergar a potência que é ter esses cursos e seus resultados reunidos. Também é um momento de refletir sobre a importância de políticas institucionais voltadas às artes, que têm grande impacto social, educativo e cultural”, observa.
O caráter transformador da arte no ambiente acadêmico também foi destacado por Juan Pena, doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO/UFS) e integrante do Coletivo Circo Para Todos UFS, que também se apresentou na UMA.
“Desde o Coletivo Circo para Todos UFS, afirmamos a importância e o caráter transformador dos espaços institucionais voltados à promoção e à visibilidade das práticas artísticas desenvolvidas pelos estudantes. No nosso caso, o circo. Nosso grupo acolhe estudantes da graduação e da pós-graduação, artistas circenses de rua e da cidade, tanto nacionais quanto internacionais, vindos do Uruguai, Argentina, Brasil e Colômbia. Mais do que buscar visibilidade, nossa ação expressa o movimento vivo da prática humana em direção ao desenvolvimento integral do ser social", pontuou.
Ascom UFS