Sex, 05 de julho de 2019, 16:19

Sobre a independência de Sergipe
Confira o artigo do reitor Angelo Antoniolli

Em 08 de julho de 1820, o rei D. João VI assinou um decreto que emancipou Sergipe da Bahia, nomeando Carlos César Burlamárqui como o primeiro governador do Estado.

Esse momento de independência, ocorrido 2 anos à frente da própria independência do Brasil, encaminhou a recuperação da autonomia de Sergipe que, por dois séculos, havia sido contribuinte importante da economia da província daquele estado.

No entanto, a nomeação de Burlamárqui e a chamada Carta Régia foram contestadas por setores das elites locais da Bahia e mesmo de Sergipe. O resultado: Burlamarqui foi deposto, pois não teve aqui o apoio dos militares, dos políticos e negociantes como esperava. Acabou preso e mandando para a Bahia, enquanto Sergipe voltou à condição de comarca da Bahia.

Apenas em 1823, um ano após a independência do Brasil, D. Pedro I reconheceu e reafirmou o decreto de 08 de julho de 1820. Pouco depois, na Constituição Imperial de 1824, Sergipe já constava entre as províncias do Brasil. Desse modo, não houve mais retrocessos.

Para alguns estudiosos, a nossa independência é fruto do reconhecimento do rei D. João VI aos sergipanos que que ajudaram na vitória da Corte Portuguesa sobre a Revolução Pernambucana de 1817. Para outros, é mais importante pensar a Independência de Sergipe no contexto do próprio processo da Independência do Brasil.

Na verdade, o melhor seria considerar esse amplo espectro de fatores de forma a entender um momento tão importante. E, aos sergipanos, fica a certeza de termos contribuído e nos envolvido em momentos fundamentais da nossa vida política. E assim tem sido desde então. Sergipe, e particularmente a Universidade Federal de Sergipe, não tem deixado de participar do desenvolvimento do país.

Viva 08 julho!

Angelo Roberto Antoniolli
Reitor da UFS


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