
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve participação de destaque no 15º Congresso Brasileiro de Buiatria (CBB), realizado entre os dias 5 e 8 de outubro em Fortaleza (CE). O evento, considerado o mais importante do país na área de medicina de ruminantes, reuniu pesquisadores, profissionais e estudantes de todo o Brasil e do exterior.
Entre as conquistas da UFS, o Grupo de Estudos em Ruminantes do Sertão (Gerse), vinculado ao Departamento de Medicina Veterinária do Campus do Sertão (DMVS/UFS), figurou entre as maiores representações estudantis do congresso e celebrou uma menção honrosa concedida ao trabalho do discente Pedro Calderaro, orientado pela professora Glenda Lídice Marinho. Além disso, a Associação de Buiatria de Alagoas e Sergipe (Buiase), da qual a professora Kalina Maria Simplício é vice-presidente, assumiu a gestão nacional da Associação Brasileira de Buiatria para o biênio 2025-2027, o que garante a realização do próximo congresso da categoria em Aracaju, em 2027.
Coordenado pela professora Kalina Simplício e presidido pelo discente Eliomar Oliveira da Silva, o Gerse vem se consolidando como referência acadêmica na área, articulando ensino, pesquisa e extensão no campo da medicina veterinária voltada aos animais ruminantes.
Durante o evento, o estudante Pedro Calderaro, bolsista da Fapitec, apresentou um trabalho sobre a distribuição temporal da tuberculose bovina na região Nordeste do Brasil, que obteve nota máxima da comissão avaliadora e foi selecionado para apresentação oral. O estudo analisa dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre notificações da doença na região, contribuindo para o fortalecimento das políticas de vigilância e controle da tuberculose bovina.

“O meu trabalho foi um dos premiados com nota máxima pela comissão do evento, o que me deu a oportunidade de apresentá-lo oralmente. A pesquisa analisou dados do Mapa sobre a ocorrência da tuberculose bovina no Nordeste, uma região com poucos registros da doença em comparação ao Sul e Sudeste. O estudo é importante porque a tuberculose bovina causa grandes prejuízos ao produtor, por ser uma zoonose e não ter vacina disponível para bovinos. Receber esse reconhecimento em um evento nacional foi uma sensação indescritível, um sinal de que todo o esforço valeu a pena”, contou o discente.
Além do reconhecimento científico, o congresso consolidou a presença sergipana na liderança da buiatria nacional. Com a entrega simbólica do Livro de Atas das Associações de Buiatria, a gestão da entidade passou da Associação de Buiatria do Ceará (ABC) para a Buiase, que reúne profissionais de Alagoas e Sergipe.
“A BUIASE está animada para dar continuidade ao belíssimo trabalho feito pela Associação de Buiatria do Ceará. Esperamos bater um novo recorde em Aracaju 2027 e seguir na ascendente do movimento de organização e crescimento da buiatria nordestina e nacional”, afirmou a professora Kalina Simplício.

O 15º Congresso Brasileiro de Buiatria reuniu cerca de mil participantes entre pesquisadores, profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação. A programação incluiu palestras, mesas-redondas e encontros temáticos, como o Encontro Mulheres da Buiatria, o Encontro de Ligas Acadêmicas e Grupos de Estudos e o VI Congresso Nordestino de Buiatria, reforçando o papel do Nordeste no avanço científico e profissional da área.
Ascom UFS
