O Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão (MBMC) promove, no dia 8 de agosto, às 14h, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o lançamento da campanha 'Mulher com deficiência que sofrer violência, precisa ter informada sua condição no boletim de ocorrência'.
A iniciativa faz parte do projeto 'A invisibilidade de mulheres com deficiência nas políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero', com apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese). O objetivo é alertar para a importância do registro correto da condição de deficiência da vítima nos boletins de ocorrência, como já prevê a Lei Maria da Penha e contará com o recurso da audiodescrição e intérprete de Libras.
De acordo com o Atlas da Violência 2024, mulheres com deficiência, especialmente aquelas com deficiência intelectual, surdas e cegas, estão entre os principais alvos de agressões no Brasil. Ainda assim, muitas dessas violências permanecem invisíveis, por não serem registradas com a devida atenção às especificidades das vítimas.
Além do lançamento da campanha, o evento contará com a apresentação do espetáculo 'Pedaços de Mim', com atuação de Cristina Gonçalves, mulher cega, atriz, produtora cultural e coordenadora do MBMC. A encenação retrata a trajetória de uma mulher cega vítima de violência física e psicológica, abordando temas como dependência, medo e a busca por libertação. “Queremos sensibilizar a sociedade e, principalmente, os agentes de segurança pública, para que o registro da deficiência da vítima seja mais do que um detalhe burocrático: seja um ato de reconhecimento de sua condição e de sua humanidade”, afirma Cristina.
Para participar do evento basta preencher o formulário disponibilizado aqui.
Ascom UFS
Com informações do MBMC